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Programe-se: 4 lugares para se sentir na praia em São Paulo

Imagem: Divulgação

Gabrielli Menezes

11/01/2025 05h30

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No feed do TikTok, a moda é falar mal de São Paulo, da vida resumida a trabalho, da ausência de praias e do verde insuficiente.

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Se por um lado o algoritmo engrossa esse caldo de ódio, que tem gosto azedo sem que seja necessário provar, por outro, também é preciso admitir: nem sempre é fácil encontrar a dose certa de serotonina no concreto.

Talvez por isso tragam caminhões de areia para montar quadras de beach tênis e sempre coloquem cadeiras de praia nas calçadas quando a proposta é informalizar a 'vibe' de um lugar.

A verdade é que mesmo em meio às inúmeras delícias culturais e gastronômicas da cidade, dá tempo de sentir falta de sol e sal. Ao menos eu sinto — e especialmente em janeiro.

Na newsletter de hoje, há quatro sugestões de passeios que, seja pelo ambiente ou pela comida, fazem a gente respirar tranquilo e aproveitar a brisa, ainda que sem o cheirinho de mar.

Botanikafé

Imagem: Divulgação

No galpão de pé direito alto e laterais abertas, dá até para ficar descalço e sentar-se relaxado na cadeira enquanto sente o vento bater e assiste à galera jogar na quadra de areia. Para refrescar, sempre vai bem uma água de coco (R$ 18) e o açaí orgânico na tigela com banana, granola e chips de coco (R$ 39).
Vai lá: Av. Nicolas Boer, 120, Barra Funda (Parque Industrial Tomas Edson). @botanikafe

Selvagem

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O restaurante foi projetado em harmonia com o que está ao redor. Afinal, o atrativo é almoçar e jantar lado a lado com as árvores do Ibirapuera. No menu do chef Filipe Leite, entram receitas e ingredientes brasileiros. Um exemplo é a costelinha de porco caramelizada, servida com tutu de feijão branco e farofa de milho (R$ 139).
Vai lá: Parque Ibirapuera - Portão 5. @selvagemibirapuera

SESC 24 de Maio

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É só apertar o botão do 11º andar que silencia o caos da região da República. Na chamada Cafeteria do Jardim da Piscina, um espelho d'água convida os visitantes a relaxar, molhar os pés e admirar a vista, enquanto provam comidinhas com preços atrativos. No cardápio, pode aparecer sanduíche de palmito assado com pasta de azeitona preta.

Vai lá: Rua 24 de Maio, 109, República. @sesc24demaio

Sororoca

Imagem: Divulgação

Do encontro de três ótimos chefs, entre eles o paraense Thiago Castanho, nasceu o restaurante, que poderia estar em qualquer praia do litoral.

Os peixes vão inteiros à brasa até ficar com a pele crocante e a carne macia. Por serem tão frescos, a oferta e o preço variam. Para começar, a dupla de ostras com molho secreto sai por R$ 37.

Vai lá: Rua Simão Álvares, 785, Pinheiros. @bar.sororoca

BARES

Dois bares, dois estilos e algo em comum

Sergio Crusco

O final de 2024 trouxe boas novidades no mundo da coquetelaria paulistana. A abertura do Kotchi Bar abalou rodas gastronômicas e sociais, com a chegada da mixologista argentina Inés de Los Santos à nossa cena etílica.

Inés é dona do Cochinchina, bar de Buenos Aires que não sai da lista 50 Best (hoje ocupa a 22ª posição). O amplo Kotchi tem decoração high end, o som é de vinil, o povo é do jet set e a cozinha fica a cargo do chef superstar Makoto Okuwa.

Outra notícia chacoalhou mesmo foi o mundinho dos cocktail geeks. O pequenino Fel, escondido na prainha do Edifício Copan, lançou nova carta. Quem sabe das coisas já deve ter passado por lá para conferir mais uma lista de clássicos quase desconhecidos, executados com primor pelo chefe de bar Fábio Dias.

São estilos diferentes, embora o cuidado com os clássicos conecte os dois. A equipe do Kotchi, liderada por Santy Arudjian, é capaz de conquistar bebedores empedernidos (como eu) no preparo de receitas consagradas. Parte dos coquetéis autorais deve desagradar a turma da secura e do amargor, pelo dulçor que às vezes ultrapassa o ponto de equilíbrio.

Fel

Imagem: Davi Neves

Quem quiser entrar logo no clima das bebidas austeras pode começar com some moth, variação do martini registrada em 1923, com gim, vermute seco e notas herbais trazidas pelo absinto. Aida, datado de 1929, é outro drinque potente e de perfil amargo que mescla conhaque, uísque escocês e licor de kummel preparado na casa. Há muitas opções para os fãs de jerez. Sunrise, de 1896, é uma pequena sinfonia composta de brandy, jerez fino, xarope de baunilha e Angostura. Os coquetéis têm preço único: R$ 51.
Vai lá: Av. Ipiranga, 200, térreo 69, República. @fel.sp

Kotchi Bar

Imagem: Rubens Kato

Das receitas autorais secas, no estilo martini, ash (R$ 48) é ótima pedida, complexa mistura de shochu, gim e vermutes com gergelim. Outro coquetel curioso e gastronômico é martin de tomate e caju (R$ 48), com água das duas frutas, gim e vermute seco. Hay frevinho (R$ 48) tem a pegada japonesa da casa com um toque de Brasil. Traz saquê com jabuticaba, destilado de arroz awamori e vermute com algas - bem umami. Se quiser partir para os clássicos, indico os perfeitos manhattan, old hickory e bamboo.
Vai lá: R. Padre João Manuel, 1231, Jardins. @kotchibar

BELISQUETES

As passas ao rum ainda estão aqui

Gabrielli Menezes

É numa sorveteria carioca dos anos 1970 que Eunice Paiva leva os filhos para se divertir no filme "Ainda Estou Aqui". Inclusive após descobrir que Rubens, morto no DOI-CODI do Rio de Janeiro durante a ditadura militar, nunca mais voltaria para o suflê.

Na interpretação de Fernanda Torres, digna de Golden Globes, a mãe engole a seco o desespero e a injustiça para que a família aproveite o sabor que mais gosta: passas ao rum.

Para homenagear o filme que emocionou o Brasil, o casal Fernanda Bastos e Thomas Zander decidiu reviver na Frida & Mina a receita que foi um símbolo de sofisticação entre as décadas de 1970 e 1980 e hoje ocupa apenas as vitrines dos endereços mais tradicionais.

Frida & Mina

Imagem: Lais Acsa

"Ainda Estou Aqui" foi o pontapé para colocar em prática a vontade de relembrar sabores ícones que ficaram para trás. Aprovado em primeira mão por Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens e autor do livro que dá nome ao filme, o sorvete mistura as uvas hidratadas no rum por 48 horas com a base de baunilha. Oferecido até o fim do mês, custa a partir de R$ 16 (uma bola).
Vai lá: Rua Artur de Azevedo, 1147, Pinheiros. @fridaemina

Damp

Imagem: Divulgação

O sabor compõe a oferta da vitrine desde a abertura. Inaugurada em 1970 por quatro amigos, a sorveteria é considerada a mais antiga de São Paulo desde que a Alaska fechou as portas no Paraíso em 2019, após 109 anos de funcionamento. A receita clássica (R$ 18, uma bola) é feita a partir de um sorvete-base que recebe as passas embebidas no rum por três ou quatro dias.
Vai lá: Rua Lino Coutinho, 983, Ipiranga. @dampsorvetes

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