Diabete, alergia, pedra no rim e mais: os riscos de pets com má alimentação

Você sabia que a alimentação inadequada pode trazer sérios riscos à saúde do seu pet? Assim como os humanos, cães e gatos dependem de rotinas alimentares e hábitos equilibrados para se manterem saudáveis. Quando essa necessidade não é atendida, diversas doenças podem surgir, comprometendo o bem-estar e a longevidade dos nossos companheiros de quatro patas.

Tutores devem ficar atentos aos hábitos que podem prejudicar a saúde dos pets. Dar toda a ração do dia em uma única porção, por exemplo, pode deixar os pets ansiosos, principalmente os cães, que costumam ter comportamento mais guloso. Servir petiscos demais, substituindo a ração, também é um problema, pois causa desbalanço nutricional nos bichinhos. Além disso, dar restos de comida ou alimentos tóxicos, como uvas, chocolates, cebola e alho, pode provocar problemas gástricos imediatos ou mesmo a longo prazo. Por fim, não querer se alimentar também pode ser sinal de desequilíbrio nutricional.

Há muitas doenças associadas à má alimentação. "Obesidade, desnutrição e problemas ósseos ou articulares são frequentes nos pets com alimentação desbalanceada", exemplifica Ana Helena Pagotto, secretária-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo. No caso dos gatos, problemas renais como pedras nos rins e na bexiga também podem se manifestar por motivos alimentares. Ainda existem os casos mais silenciosos, como alergias, problemas de pele e desequilíbrios imunológicos que, em geral, se manifestam a longo prazo e acabam passando despercebidos pelos tutores.

Mas quais são os sintomas de uma dieta desbalanceada? Monique Paludetti, médica-veterinária da clínica Nouvet, explica que os primeiros sinais podem estar na aparência dos pets: "muitas pessoas não relacionam com a alimentação, mas uma pelagem opaca, quebradiça, ou mesmo a queda de pelos já pode indicar a falta de nutrientes". Além disso, animais gordinhos podem até parecer fofos, mas o que muitos consideram um charme, pode indicar obesidade ou diabetes. Ao notar qualquer um desses sintomas, o ideal é marcar um check-up no veterinário.

Alguns sinais de obesidade são uma silhueta sem cintura e uma camada grossa de tecido adiposo na região do peito
Alguns sinais de obesidade são uma silhueta sem cintura e uma camada grossa de tecido adiposo na região do peito Imagem: Getty Images/iStockphoto

Idade e porte são fatores importantes de serem considerados quando for servir a refeição. Opções não faltam, mas na hora de escolher a ração, o melhor critério é buscar aquelas que estejam de acordo com as características do seu pet. Alimentos para filhotes, adultos, animais castrados e idosos são bem diferentes, desde o tamanho dos grãos até a tabela nutricional. Isso acontece para atender as necessidades específicas de cada fase da vida. Além disso, o porte dos bichinhos é outro ponto de atenção, já que animais maiores precisam de quantidades diferentes de nutrientes em comparação com os menores. Também é importante dar a porção que é indicada na embalagem, pois servir mais alimento do que o orientado pode trazer problemas a longo prazo.

Rações de gato e cachorro têm especificidades diferentes. Os felinos, por exemplo, têm menos capacidade de digestão de amido e têm tendências a problemas renais. Além disso, os gatinhos precisam de suplementação de nutrientes específicos, como a taurina, que o organismo deles não consegue produzir naturalmente. Por isso, é muito importante não dar a mesma ração para espécies diferentes. E também vale lembrar que o ideal é cada animal ter o seu espaço próprio de alimentação em casa, para evitar competições e estresse.

Mas, acima de tudo, não se esqueça de que manter uma rotina de exercícios e consultas regulares com o veterinário também é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar do seu companheiro de quatro patas

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