A Casa do Porco e mais: 4 novidades para quem ama comer em SP

Curadoria é um termo em alta. É a seleção estratégica — pinçar uns em meio a montes e oferecê-los a outras pessoas no intuito de poupar-lhes o tempo. Cabe a vinhos, livros, arte, informação, memes, tudo que há em demasia. Inclusive novidades gastronômicas em São Paulo.

No último mês, me senti inundada por novos restaurantes, troca de cardápios, mudanças de endereço e entra e sai de chef? Então, deixo aqui a minha curadoria do que vale ser conferido presencialmente, bem de pertinho, com os olhos abertos e todo o apetite.

De volta à Casa do Porco

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Imagem: Mauro Holanda

Depois de passar quatro anos no sítio de São José do Rio Pardo para se recuperar de questões de saúde mental, Jefferson Rueda retomou o comando da cozinha d'A Casa do Porco. Do interior, trouxe a força e inspiração para o novo menu degustação (R$ 290). Em oito tempos, provam-se carpaccio de lombo maturado, canjiquinha com costelinha defumada e outras receitas que vão bem com uma dose de cachaça.
Rua Araújo, 124, República. @acasadoporcobar

Cepa em novo bairro

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Imagem: Reprodução Instagram

Como 80% dos clientes se deslocavam da zona oeste para a leste para provar receitas leves e sazonais, como a tortinha de pescado do dia com creme de abacate e picles de pimenta (R$ 54) e o pastel de queijo Comté com cebola e vinagre de jerez (R$ 29), o chef Lucas Dante e a sommelière Gabrielli Fleming decidiram transferir o Cepa do Tatuapé para Pinheiros, numa casa com 300 m² e 70 lugares.
Praça dos Omaguás, 110, Pinheiros. @restaurante.cepa

Cartas para o Chou

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Imagem: Gui Galembeck

O romântico Chou está com as cartas atualizadas. A mais surpreendente das novidades é o Skin nº 1, um vinho branco da sul-africana Vine Venom, que, na boca, lembra uísque. Só é vendido em garrafa (R$ 367). Boa alternativa em taça é o argentino This is Not Another Lovely Torrontés (R$ 41). Entre as comidinhas, o crudo de wagyu com queijo Alto da Aparecida fica marcado na memória (R$ 72).
Rua Mateus Grou, 345, Pinheiros. @restaurantechou

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A Chapada no Notiê

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Imagem: Nani Rodrigues

Antes de criar cada degustação (R$ 282, cinco etapas), o chef Onildo Rocha viaja para desbravar uma parte do Brasil. Na nova temporada chamada Terra Altar, os encantos da Chapada Diamantina aparecem em forma de caju com ovas, inhame com cordeiro e café e de pratos da cerimônia do jarê, religião de matriz africana própria da região.
Terraço do Shopping Light (Rua Formosa, 157, centro -- entrada exclusiva pelo subsolo). @notieporpriceles

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Tem festa na vila

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Imagem: Divulgação
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A Rua Medeiros de Albuquerque, na Vila Madalena, vai se transformar no próximo domingo (18). Roda de samba e barracas com comidinhas de R$ 20 a R$ 40 comemoram os três anos do Shihoma, restaurante da região dedicado a massas frescas.

Além de provar pratos do anfitrião, como tortelli de ricota azul, o público confere receitas dos ótimos bares convidados -- Bar do Luiz Fernandes, Bar Bagaceira, Quito Quito Izakaya e Bar Aconchegante -- e da Pinguina Sorveteria.
Vai lá: das 12h às 18h, na altura do número 431.

BARES
Por Sergio Crusco

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Imagem: Divulgação

É fogo na taça e calor nos corações

Vale tudo na guerra contra o frio, até colocar fogo na bebida para ter com o que se esquentar. A ideia não é nova — quase nenhuma ideia em coquetelaria é nova.

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Jerry Thomas ficou famoso na Nova York do século 19 com seu Blue Blazer. É célebre a gravura do pai da mixologia jogando um rastro de chamas de uma caneca para outra.

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Imagem: Reprodução

Gabriel Santana resolveu entreter a plateia no balcão do Santana Bar com uma releitura do Blue Blazer - que pega fogo de verdade - e dedica uma parte da carta a coquetéis quentes. Predominam, nessas receitas, destilados potentes e amadeirados, mais licores e uma certa dose de dulçor, para quem acha que frio se combate com calorias.

O Atlântico 212, bar/restaurante de coquetéis e frutos do mar, foi na mesma onda. Para aquecer corações, Chula Barmaid criou uma seçãozinha de tragos sazonais. Os dela são gelados, mas dão boa dose de calor ao corpo com sua potência.

Santana Bar

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Imagem: Divulgação

Orange Blazer é o coquetel flamejante de Gabriel, com bourbon, laranja e cravo. Outra paulada contra o frio é Café Brulot, espécie de salada de fruta de grau alcoólico elevado. Tem café, conhaque (destilado de vinho), calvados (de maçã), poire (de pera) e triple sec (licor de laranja). Para quem acha que um docinho cai bem no frio, Sô é uma bomba calórica: licor Baileys, uísque, manteiga, doce de leite, amendoim, amaro e queijo de Minas para acompanhar.
Rua Joaquim Antunes, 1026, Pinheiros. @_santanabar

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Atlântico 212

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Imagem: Victor Collor

No ambiente todo aberto do Atlântico, bebidas que esquentam tornam-se necessárias nas noites friorentas. Na seção de drinques de inverno de Chula brilha o Seco, receita complexa com rum envelhecido, licor seco de laranja, Jerez Manzanilla e bitter Angostura. Avellana é especial para quem quer algo cremosinho e com sugestão de dulçor: tem bourbon, creme de avelã e bitter de cacau. Chennai é um sour invernal com bourbon, xarope de curry e suco de limão.
Atlântico 212, R. Pinheiros, 70, Pinheiros. @atlantico212_

BELISQUETES
Por Gabrielli Menezes

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Imagem: Divulgação

É bom mesmo? Onde provar os doces dos jurados da TV

Até parece que, assistindo um reality de gastronomia, você nunca se perguntou se quem está ali avaliando, enaltecendo ou esculachando algum participante, é bom mesmo. Em São Paulo, é fácil de sanar a curiosidade.

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Anunciado como novo jurado do MasterChef Confeitaria, a temporada da Band dedicada aos doces, Diego Lozano é fundador da escola de confeitaria homônima e dono do Levena, em Pinheiros.

Nos Jardins, bairro vizinho, está o Donna, restaurante italiano de André Mifano, que estreou agora em agosto na 10ª temporada de Bake Off Brasil. Mais focado em pratos salgados, como todo chef de cozinha, ele também leva jeito para doces — até hoje, penso com carinho nos que ele servia no extinto Lilu, que encerrou as atividades em 2020. Saiba o que provar em cada lugar.

Donna

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Imagem: Rodolfo Regini

Após massas como o fettuccine ao molho de linguiça e erva-doce (R$ 76), é hora de entender porque o chef é jurado de um reality de sobremesas. A panna cotta de baunilha recebe dois acompanhamentos criativos: calda de amarena e crumble de mel (R$ 54). Para algo mais 'chocolatudo', fique com o bolo de dois chocolates com marshmallow e calda de framboesa (R$ 45).
Rua Peixoto Gomide, 1815, Jardim Paulista. @restaurantedonna_

Levena

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Imagem: Divulgação

A casa viralizou no TikTok e vive lotada. Um dos motivos é a aparência dos doces. Embora tenha o formato da fruta, a sobremesa 'isso não é uma banana' é feita de crocante de amêndoas, geleia de frutas amarelas mais biscoito e mousse de coco (R$ 44). Igualmente linda, a belém (R$ 30) reúne geleia de cupuaçu, mousse de cumaru e chantilly sobre a base de coco. Tudo é coberto por chocolate branco e lascas de coco.
Rua Artur de Azevedo, 495, Pinheiros. @levena_sp

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PRÊMIO NOSSA

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Imagem: Keiny Andrade/UOL

O Prêmio Nossa é a eleição dos melhores bares e restaurantes de São Paulo, eleitos por um júri de 40 pessoas composto por jornalistas e especialistas do setor, influenciadores com foco em gastronomia e celebridades que amam circular pela cidade. Oito categorias também tiveram votação popular.

Toda semana, revelamos os vencedores de prêmios antecipados. Confira abaixo os cinco últimos resultados apresentados e veja a lista completa de campeões no site do Prêmio Nossa.

Os melhores italianos

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Imagem: Arte UOL
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Nos últimos anos, São Paulo ganhou estabelecimentos que adotam alguns elementos das duas vertentes da culinária italiana: as cantinas e a alta gastronomia. Os quatro campeões do Prêmio Nossa representam essa diversidade. O Fame conquistou o 1° lugar pelos jurados e o Gero ganhou o topo no voto do público.
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Os melhores brasileiros

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Imagem: Keiny Andrade

Muito antes da defesa dos ingredientes e preparos regionais brasileiros virar moda, a chef Mara Salles já levantava essa bandeira. Ela comanda desde 1990 o Tordesilhas, eleito o Melhor Brasileiro no Prêmio Nossa. Outro ícone dessa categoria, o chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, garantiu o segundo lugar, seguido pelo Notiê, inaugurado em 2021.
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Os melhores japoneses

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Imagem: Keiny Andrade/UOL
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O restaurante Aizomê, comandado pela chef Telma Shiraishi, foi o grande campeão do voto do júri, seguido pelo Shin-Zushi e o Makoto San, que levaram a prata e o bronze, respectivamente. No voto popular, não teve para outro: o Jun Sakamato conquistou a maioria do público como o melhor restaurante japonês de São Paulo.
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Melhor Cozinha de Bar

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Imagem: Arte UOL

A diversidade marcou esta categoria. O tradicional Bar do Luiz Fernandes -- com seu famoso bolinho de carne que faz muita gente cruzar a cidade até o bairro de Santana -- foi o campeão do voto popular. Já na opinião dos jurados, preencheram o pódio o Tan Tan (1º lugar), o Astor (2º lugar) e o Clos Wine Bar (3º lugar).
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Melhor restaurante de Carnes

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Imagem: Arte UOL
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Onde comer os melhores cortes de São Paulo? Numa disputa acirrada, o chef peruano Renzo Garibaldi garantiu ao Osso o primeiro lugar no voto do júri. Os retaurantes Cór e Barbacoa também subiram ao pódio do Prêmio Nossa, em segundo e terceiro lugar. Na votação popular, o Rubayat sagrou-se o grande campeão.
Veja o ranking completo

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