Babymoon, a tendência de casais grávidos viajarem antes da chegada do bebê
Um bebê pode ser muito desejado por um casal, mas a sua chegada também representa grandes mudanças. A rotina muda, as possibilidades de fazer planos e, principalmente, a disponibilidade de tempo. Fazer uma viagem, então, parece um sonho distante depois que a família aumenta.
Pensando nisso, muitos casais estão se tornando adeptos da chamada 'babymoon', uma viagem realizada ainda durante a gestação do herdeiro para aproveitar para relaxar no tempo livre antes da mudança na rotina.
'Babymoon' é uma analogia a honeymoon (lua de mel, em inglês). "É quando o casal está à espera geralmente do primeiro filho e vem aquela vontade de fazer uma viagem, só os dois, como se fosse para se despedir de uma fase", explica Diana Carvalho, especialista em turismo e CEO na Mundo4e Viagens.
É uma viagem especial, aproveitando que a mulher ainda está grávida, para o casal se curtir, porque depois que o bebê nascer vai ser diferente. Afinal, talvez eles não tenham uma oportunidade tão cedo de viajar apenas os dois.
Diana Carvalho, CEO na Mundo4e Viagens
Roteiros variados
Os tipos de roteiro que podem ser feitos são variados. Depende muito do objetivo de cada casal. "Muitas vezes, até fazem a viagem também com o enxoval em mente, fazer compras para o bebê. Não é um roteiro específico para isso, mas tem quem aproveite a oportunidade também para resolver isso", diz a especialista.
Pode ser um destino de praia, de montanha e até jornadas mais longas, como Europa e Estados Unidos. "As praias costumam ser a preferência, por oferecerem toda estrutura para uma estadia mais tranquila", afirma Dinah Carvalho, responsável pelo marketing da Kangaroo Tours, que oferece roteiro para babymoon. Principalmente em resorts all inclusive, onde o casal pode aproveitar as atrações sem ter que se deslocar muito.
Dinah diz, no entanto, que a gestação não impede que casais façam viagens mais exploratórias, como ao Egito. Porém, há algumas adaptações que precisam ser feitas. "É melhor priorizar serviços privativos, em que os pais tenham liberdade de escolher um roteiro com mais ou menos atividades. Não indicamos roteiros regulares, em grupo, porque há maior flexibilidade para o casal, inclusive de horário da atividade."
Estágio da gravidez é importante
Um ponto de atenção é, no momento de escolher o roteiro, considerar o estágio da gravidez. Pessoas que ainda estão muito no início da gestação podem fazer tours mais longos, com mais atividade física. Quando a barriga cresce é melhor que o casal opte por um destino mais relaxante, sem grandes caminhadas. Esta questão também interfere na possibilidade de fazer voos de avião.
Como regra geral, as mulheres podem viajar grávidas de avião, tranquilamente, até a vigésima sétima semana de gestação. A partir da vigésima oitava é importante que ela tenha um atestado do médico-obstetra.
Diana Carvalho, CEO na Mundo4e Viagens
"Ela nem é obrigada a informar sobre a gravidez se não der para perceber visualmente. Caso seja perceptível visualmente, mesmo que a mulher tenha menos de 27 semanas, pode ser que a companhia peça o atestado porque existe toda uma preocupação de a mulher não entrar em trabalho de parto durante o voo, por exemplo."
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Quero receberTambém é preciso ter atenção ao histórico sanitário de alguns países. "Não são recomendáveis lugares que tenham incidência ou alerta de Malária, por exemplo", diz Diana. Destinos que tenham tido casos de vírus zika também são desaconselháveis para babymoon.
Ficou com vontade de viajar? "México e Maldivas são os destinos que estão no topo (de procura). São lugares que têm uma boa oferta de voos, de opções de hotéis e infraestrutura", afirma Dinah Carvalho. Por conta da proximidade, Chile e Argentina também são bastante populares entre os adeptos do babymoon.
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