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Cão mais velho do mundo é um chihuahua de 23 anos

Spike - Divulgação/Guinness World Records
Spike Imagem: Divulgação/Guinness World Records

De Nossa

23/01/2023 16h00

Spike, um chihuahua de Camden, no estado americano de Ohio, foi reconhecido como o cão mais velho do mundo aos 23 anos, revelou nesta quinta (19) o Guinness World Records, organização que publica o famoso Livro dos Recordes.

A certificação da quebra do recorde do cãozinho aconteceu, na verdade, em 7 de dezembro, mas o processo é burocrático e sigiloso. Na data, foi atestado que Spike tinha 23 anos e 7 dias — o que gerou dúvidas e debates nas redes sociais.

O motivo por trás do questionamento é o fato de que o pequeno, de 22,86 centímetros e 5,85 kg, foi encontrado nas ruas pela sua família há 13 anos. Ele teria 10 anos no momento do resgate.

Diante das críticas ao estabelecimento do novo recorde para um cão sem pedigree que ateste sua data de nascimento, o Guinness respondeu:

A idade do Spike é baseada em uma série de provas, incluindo documentos de diversos veterinários, que estimaram todos a mesma data aproximada de nascimento, entre julho e novembro de 1999, para o Spike. [A avaliação] foi baseada em sua condição médica, incluindo seus dentes e olhos."

Guinness World Records, no Instagram.

Spike foi encontrado no estacionamento de um mercado em Camden por Rita Kimball, sua tutora.

"Tinham depilado suas costas, ele tinha manchas de sangue em volta do pescoço, de uma corrente ou corda, e parecia bem machucado. O atendente da loja nos disse que ele já estava ali há três dias e eles o estavam alimentando com restos de comida", relatou Rita ao Guinness.

Spike e sua família - Divulgação/Guinness World Records - Divulgação/Guinness World Records
Spike e sua família
Imagem: Divulgação/Guinness World Records

Apesar de seu estado, não foi Rita quem escolheu Spike, mas o cãozinho quem escolheu sua nova família. "Quando saímos da loja e entramos no estacionamento, ele nos seguiu. Abrimos a porta do carro para por nosso neto na cadeirinha e o Spike pulou pra dentro e sentou no banco, como se ele soubesse onde estávamos indo. Era para ser assim".

Foi, aliás, por causa deste primeiro encontro marcante que Rita decidiu dar a ele este nome. "Spike era o nome de um cachorro grande. Meu cachorro era pequeno e amigável, mas ele tinha a atitude de um cachorro grande. Então essa ideia parecia que combinava com ele".

Apesar de tanta atitude, Rita conta que Spike é bastante doce e nunca mordeu um estranho. "Ele é ótimo com as crianças, seu rabinho balança quando as pessoas falam com ele".

Spike - Divulgação/Guinness World Records - Divulgação/Guinness World Records
Spike
Imagem: Divulgação/Guinness World Records

No entanto, ela relata que às vezes ele perde a paciência e prefere ficar sozinho, já que se frustra e cansa fácil de companhia por ser quase cego e ter perdido boa parte da audição a essa altura. Em dias bons, ele ainda corre atrás de um gato ou dois.

Aos fins de semana, ele passeia com a dona pelo sítio onde mora e interage até com vacas e cavalos. Quando mais jovem, ele costumava latir para os novos amigos, mas hoje prefere observar os animais. Ele também gosta de cochilos, banhos de sol e Doritos.

Rita diz que percebeu que seu cãozinho poderia ser o mais velho do mundo quando, assistindo ao programa do apresentador Jimmy Fallon, soube da notícia da morte de Pebbles, o antigo recordista que faleceu aos 22 anos.

Spike - Divulgação/Guinness World Records - Divulgação/Guinness World Records
Spike
Imagem: Divulgação/Guinness World Records

Ela então entrou em contato com a organização e deu início ao processo de reconhecimento da longevidade de Spike. "Boa parte da nossa família sabia que Spike era velho, mas eles não sabiam que ele tinha uma chance de ser o mais idoso do mundo. Agora que ele é um recordista, todo mundo o vê como uma celebridade", se diverte.

Para Rita, Spike viveu tanto porque ganhou uma segunda chance. "Acredito que ele ainda está aqui porque depois de ter uma vida tão terrível no início, hoje ele aproveita cada dia".