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Companhias aéreas extraviaram 24% mais malas em 2021, aponta estudo

Cortes de funcionários feitos por aeroportos e companhias aéreas impactaram o tratamento dispensado ao conteúdo despachado por passageiros - Getty Images/iStockphoto
Cortes de funcionários feitos por aeroportos e companhias aéreas impactaram o tratamento dispensado ao conteúdo despachado por passageiros Imagem: Getty Images/iStockphoto

De Nossa

09/06/2022 09h42

A retomada do turismo após a chegada da covid-19 não aconteceu sem seus "perrengues chiques". Segundo avaliação da companhia de tecnologia de aviação Sita, 2021 teve 24% mais bagagens extraviadas em viagens internacionais ao redor do globo.

O crescimento em relação ao ano anterior se deu, é claro, pela volta dos viajantes a voos longos para o exterior — o que resultou em 4,35 malas perdidas, danificadas ou atrasadas a cada mil passageiros.

No entanto, o número ainda é menor do que o índice de 2019, antes da pandemia: naquele ano, houve 5,6 bagagens extraviadas a cada mil viajantes no ar.

O estudo não responsabiliza apenas o maior fluxo de viajantes pelo crescimento no número de malas perdidas ou danificadas. De acordo com a Sita, os cortes de funcionários feitos por aeroportos e companhias aéreas impactaram o tratamento dispensado ao conteúdo despachado por passageiros.

A maioria das malas extraviadas esteve apenas atrasada (71%), fator que foi exacerbado pelo aumento de voos longos, com conexões. Aliás, a probabilidade de uma mala se perder em um voo internacional é 4,7 vezes maior do que em rotas domésticas.

6% das bagagens foram ainda roubadas ou perdidas, enquanto aquelas danificadas correspondem a 23% do total. Embora o momento seja de reajuste nas operações, o balanço dos últimos 15 anos é positivo:

Enquanto o número total de passageiros do último ano (2,28 bilhões) foi apenas 8,2% menor do que em 2007 (2,48 bilhões), houve 77% menos bagagens extraviadas em 2021 do que há 15 anos, quando o índice era de 18,88 malas "voadoras" a cada mil passageiros.