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Bandeira do Lula, Gil do Vigor e homenagem a Márcia Pantera encerram a SPFW

O ex-BBB GIl do Vigor desfilando para a marca LED no último dia da edição N53 da SPFW Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite

Gustavo Frank

De Nossa

05/06/2022 08h58

A São Paulo Fashion Week chegou ao final da edição N53 na noite do sábado (4) e um dos grandes destaques no último dia foi a estreante nas passarelas físicas, a LED.

Comandada pelo estilista mineiro Célio Dias, a coleção foi apresentada por diversas celebridades no Komplexo Tempo, na Zona Leste de São Paulo: como o cantor Mateus Carrilho e os ex-BBBs, como Mari Gonzalez, Thaís Braz e Gil do Vigor.

O economista, que já compartilhava a ansiedade mais cedo por meio das postagens no Instagram, desfilou uma peça grafada no peito com as palavras "Bicha Vigorosa" — orgulho o qual Célio Dias, da LED, sempre representou por meio da sua marca sem gênero.

LED | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite
LED | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite

Em sua estreia presencial, a coleção intitulada "Sinto Tanto" trouxe o olhar do mineiro sobre seus sentimentos, intensidade e relacionamentos passados.

"'Sinto Tanto' foi a minha maneira mais bonita de conseguir falar de uma dor. Como bom pisciano que sou e apaixonado por pessoas, desilusões sempre me levaram para lugares tristes. Dessa vez, resolvi colocar tudo para fora e assumir meus sentimentos, compartilhando com todos o que vivi, jogando para o mundo essa coleção". conta.

As peças foram desenvolvidas em tecidos naturais, como algodão, seda e viscose, aliadas a tecidos tecnológicos, permitindo, assim, shapes exclusivos.

O crochè, que já é a marca registrada da LED, ganhou novas possibilidades e relevância com franjas e formatos inusitados. construindo imagens de moda que carregam o DNA mineiro da marca e traços irreverentes.

No final do desfile, Célio surgiu na passarela e, ainda mais claro do que João Pimenta no 4ª dia da SPFW, levantou uma bandeira do ex-presidente Lula.

O estilista Célio Dias, nome por trás da marca LED, com a bandeira do candidato à presidência Lula no final do desfile Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite

Isaac Silva

Responsável pelo último desfile apresentado na SPFW N53, Isaac Silva criou uma coleção em homenagem à Marcia Pantera, drag queen precursora do bate-cabelo e uma grande artista da noite paulistana, unindo a arte drag junto a Eartha Kitt, a primeira Mulher-Gato negra.

"Panteronismo, força e poder acreditar sempre", disse Isaac, em entrevista a Nossa, sobre a mensagem que queria passar com as roupas apresentadas — que abordavam as duas extremidades, do branco, com a alfaiataria, ao preto, presente em tecidos aveludados.

As modelagens apareciam em peças luxuosas, cheias de brilho, e o destaque ficou por conta de um bloco de 7 looks produzidos em tecido sustentável e inovador, feito a partir do cânhamo, fruto de uma parceria com a multinacional brasileira Vicunha. A fibra, que é da espécie Cannabis sativa, é durável, respirável, antibacteriana, biodegradável e hipoalergênica, além de ser uma das culturas menos agressivas para o meio ambiente.

O teor político-social, sempre presente nas coleções de Isaac, também esteve no tributo, que contou com a presença de nomes como Thelma Assis, Thaynara OG, Icaro Silva, Preta Ferreira, Erika Hilton, entre outros. "O desfile é a melhor forma de demonstrar nossa arte do vestir, do fazer roupa. Enquanto puder desfilar, vou fazer, mas com todos cuidados possíveis".

Moodboard de Isaac Silva para a coleção "Panterona" Imagem: Arquivo Pessoal

Sobre ser o nome responsável por fechar esta edição, Silva diz: "Poder encerrar a semana de moda é mostrar que todos os propósitos da marca estão indo bem. Na certeza de que estamos contribuindo por uma nova moda: a da diversidade, sustentabilidade e amor."

Neriage

Neriage | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite
Neriage | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/ @agfotosite

Na temporada de verão 2023, a Neriage falou sobre a pausa e as imagens produzidas pelo tempo, usando o mar como referência imagética.

Alice Braga, atriz brasileira, foi a convidada para representar essa parceria. "Penso no tempo como o senhor da vida, do destino. Muitas vezes vivemos ou no passado ou no futuro, no que poderia ter sido ou no que talvez ainda será. Sempre queremos mais do tempo".

A coleção tem gradação de cores do areia e dourado ao vermelho e azul, remetendo ao brilho das estrelas com cristais Swarovski, texturas de redes de pesca e diferentes tipos de linho, sedas acetinadas e nossos clássicos plissados.

Soul Básico

Soul Basico | SPFW N53 Imagem: Henrique Rezende

A coleção segue apostando no upcycling com resíduos têxteis da indústria, parceria com a Capricórnio Têxtil, e re-cycling de peças vintage com a alfaiataria contemporânea que carregam o DNA da marca, shapes agênero, oversized e tecidos ecológicos e com baixo impacto ambiental.

Weider Silveiro

Weider Silveiro | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite
Weider Silveiro | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite

Womanizer é uma palavra em inglês usada para se referir a homens conquistadores, mas Weider Silveiro subverte o termo para batizar a coleção que protagoniza a terceira participação do estilista na São Paulo Fashion Week, a segunda em formato presencial.

"A coleção se chama Womanizer porque eu sou absolutamente womanizer, tirando a conotação sexual, claro. Sou um admirador da figura feminina", explica Weider.

As referências do repertório do estilista vão desde a beleza helênica, que pauta a cultura visual do Ocidente desde a Grécia Antiga, até os atuais códigos do vestir, influenciados pelas tendências de comportamento de hoje, para construir roupas práticas, urbanas e, sobretudo, femininas.

Os elementos que definem a identidade da marca Weider Silveiro, como as estampas florais, a alfaiataria e os plissados, demonstram a evolução contínua da estética do estilista e ganham apelo mais contemporâneo nesta temporada.

Az Marias

Az Marias | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite
Az Marias | SPFW N53 Imagem: Marcelo Soubhia/@agfotosite

No seu terceiro desfile na SPFW, a estilista e figurinista Cíntia Félix não poupou referências para a coleção "O Futuro é Ancestral".

Ao mesmo tempo em que as peças apresentadas são confeccionadas em tecidos que prezam pela qualidade e tecnologia (veja detalhes no quadro anexado), com a finalidade de preservação ambiental por meio da durabilidade da peça e controle da cadeia de produção, as referências de Moda e criação são minimalistas, focando na ancestralidade.

"Em relação à produção, cada uma de nossas peças é feita artesanalmente, com costuras perfeitas, que também durarão por muito tempo. Tudo isso agrega valor à marca, ao produto e faz dele atemporal", diz a estilista.

"Trata-se de uma coleção mista mas, mais do que apresentar peças femininas ou masculinas, focamos em corpos reais, com tamanhos e formas da população brasileira", completa Cíntia.

DEPEDRO

DEPEDRO | SPFW N53 Imagem: Saulo Rocha

Batizada de Audaz: Um voo pelo Sertão, a coleção traz o crochê que é marca registrada da DEPEDRO mesclado a linho e viscose sustentável feita de casca de banana.

"A Audaz simboliza essa história curiosa por trás do primeiro voo no sertão, que causou grande deslumbre dos populares e foi notícia nos jornais. Foi um fato histórico para a minha região e por isso convidei o artista plástico e conterrâneo Mocó, hoje radicado na Califórnia e autor de obras naif com toque pop, para contar essa história através da junção de nossas artes", diz Marcus Figueiredo, diretor criativo da DEPEDRO.

Ateliê Mão de Mãe

Ateliê Mão de Mãe | SPFW N53 Imagem: Edgar Azevedo

A marca baiana Ateliê Mãoe de Mãe, já veterana na São Paulo Fashion Week, apresentou sua nova coleção que tem como inspiração a comunidade Maragogipinho, localizada no Recôncavo Baiano.

A região é um dos maiores polos de artesanato brasileiro e a coleção homenageia essa cadeia produtiva que vive das artes manuais, assim como a marca, que traz o crochê como grande destaque.

Confeccionadas em algodão 100% e aviamentos naturais, as peças desenvolvidas pelos Diretores criativos Patrick Fortuna e Vinicius Santana, trazem técnicas em crochê que remetem ao artesanato da região, como as pinturas em barro e as flores da Tabatinga, além dos bordados no crochê sobre crochê — algumas peças levam até 18 dias para serem finalizadas — que dão às peças um toque ainda mais elaborado e valioso.

Entre os mais de 25 looks apresentados, uma paleta com cores para todas as horas do dia, em casaquetos, saias, shorts, vestidos e casacos em crochê que fazem referência à década de 40, com shapes estruturados em um mix de texturas e modelagem impecável.

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