Bonito e atemporal: como escolher o melhor revestimento para banheiros

Na hora de construir ou reformar um imóvel, algumas dicas podem ser essenciais para ajudar a escolher o revestimento para o banheiro, sobretudo para optar por aqueles bonitos, funcionais e que não ficarão datados ou considerados de gosto duvidoso num futuro bem próximo.

Para as arquitetas, urbanistas e designer de interiores Audrey Carolini Anacleto de Lima e Thamires Mendes dos Santos, do escritório Arq.Tab, é preciso começar entendendo que o que é considerado atemporal está muito ligado à persona de cada projeto.

Acabamentos simples e neutros nos permitem brincar com elementos que servem de apoio à composição, fazendo com o que cliente tenha liberdade para expressar o seu gosto. Nesse caso, banheiros com paletas brancas, cinzas são aliadas", explica Audrey.

Apesar disso, as arquitetas acreditam que não há regras de cores e tudo depende também do gosto pessoal de cada cliente. "Hoje o uso de ladrilhos coloridos, revestimentos com estampas e outros elementos está muito em alta e eles têm se tornado comuns nos projetos", declara Audrey.

Vale lembrar que a escolha do revestimento do banheiro também deve levar em conta a facilidade de higienização. "Hoje, temos alguns porcelanatos com acabamento natural que são de fácil limpeza e temos, por exemplo, pisos laminados e vinílicos que possuem tecnologia antibactericida e antiviral, tudo para se encaixar com nossa dinâmica de vida atual", comenta.

Entendendo os revestimentos

Quem está prestes a se aventurar na escolha dos revestimentos para banheiro precisa, antes de tudo, ter a clareza de que revestimento de piso e de parede são coisas distintas. "Apesar de atualmente termos opções de piso que vão bem como parede, como é o caso dos ladrilhos hidráulicos", pontua Thamires.

Segundo as arquitetas, entender a diferenciação é importante para compreender não apenas o uso, mas também a útil do material, além da sua função e até da segurança dos usuários, uma vez que a especificação incorreta pode acarretar em acidentes.

Para as arquitetas, por ser um material que tem vínculo afetivo com os lares brasileiros, e por ter sido amplamente utilizado em outros momentos da nossa história, o ladrilho hidráulico acaba por causar esse ar nostálgico.

Além disso, também são opções recomendadas pisos de porcelanato para áreas molhadas, além de revestimentos também em porcelanatos, azulejos que são muito utilizados em backsplashs, pisos laminados e vinílicos.

Tendência da década

As referências que pipocam nas redes, com banheiros que trazem revestimentos apenas dentro do box, surgem como a "sacada da década".

Para o contexto de obra civil, é muito benéfico, pois auxilia no orçamento com uma redução significativa tanto no material quanto na mão de obra para instalação do produto, além claro de dar um ar super contemporâneo ao ambiente", comenta Thamires.

Segundo ela, a mesma tendência tem se estendido para cômodos como a cozinha, que ao invés de ter todas as paredes revestidas, apresenta-se apenas com um backsplash simples que faz o arremate na parede da bancada, evitando que água e gordura danifiquem as paredes.

"Acreditamos que essa redução esteja muito alinhada com as tendências sustentáveis com as quais temos contato diariamente, e que todo esse processo nos fez chegar a configuração que vemos hoje", completa.

Papel de parede e tinta epóxi

Quem está procurando alternativas mais limpas de reformar o banheiro e evitar o quebra-quebra, também deve estar atento a opções como papéis de parede e a cobertura de revestimento antigos com tinta epóxi, que é própria para azulejos.

As arquitetas afirmam que para áreas molhadas com muita incidência de água, como um banheiro, papéis, tecidos de parede e adesivos não são as melhores opções, mas quando o cômodo a ser revestido é um lavabo, por exemplo, aí o papel de parede está liberado.

Já a pintura epóxi é, sim, uma grande aliada. "Quando feita da maneira correta, pode trazer alegria àquele lavabo ou banheiro que parecia frio. Essa é uma estratégia muito difundida em estudos para apartamentos alugados, por exemplo, onde não costumamos investir em obras mais robustas por uma questão de custo, de tempo, e de relacionamento com o locatário", frisa Thamires.