Estúdio de 42 m² foge do óbvio com tijolinhos, mezanino e até poste de rua
Antes da pandemia, Guilherme Abreu estava sempre fora de casa: o trabalho de executivo de treinamentos o levava a viajar o país todo. Em Belo Horizonte (MG), sua pista de pouso era a casa dos pais. Assim que tudo se fechou no mundo, os meses de home office e videochamadas trouxeram a necessidade de um canto só seu. Foi assim que ele encontrou esse estúdio, o único residencial do condomínio.
"Fechava os olhos e imaginava um apartamento aconchegante e convencional. À medida que comecei a expandir os filtros de busca no aplicativo, achei lofts, estúdios e kitnets. Me encantei pelo fato desse espaço não ter acabamentos diferentes e me dar liberdade para criar uma decoração, além de ser compacto — tem 30 m² no térreo e 12 m² no mezanino", conta.
Os tijolos aparentes já existiam. O objetivo era se desviar de qualquer aspecto muito industrial ou com cara de fazenda. "Fui colecionando referências e vi que não faria sentido ter elementos como laca brilhante, por exemplo, nos móveis", diz.
Feitos por ele mesmo
Na sala, o ambiente ganhou um jardim suspenso, um varal de luzes sobre a mesa — feito por ele e os pais —, um bar vertical charmoso, inspirado por um dos programas de decoração que Guilherme ama ver na TV e até poste de jardim, o que dá um charme a mais no décor. O contraste dos tons terrosos com o preto resulta em um visual moderno, jovem.
Durante o processo, com os números da pandemia altos, ele lidou com a angústia de não poder fazer um open house. "Sabe o sonho de adolescência de sair de casa e estourar o champanhe, fazer festa? Respeitei bastante o isolamento. Mas as pessoas pediam para mandar foto. Foi assim que tive a ideia de compartilhar no instagram, no perfil @morandonumestudio", conta.
Lá ele divide o estilo de vida que leva no estúdio, com comidinhas e criações como os banquinhos feitos a partir de uma coleção de revistas. "Esse lugar é uma extensão da minha personalidade. Completei 1 ano aqui e já fiz uma inversão total das salas. Faço uma seleção rigorosa do que entra aqui", diz ele, um aficionado por utilitários de cozinha que tenta segurar a onda para não acumular.
Não há área de serviço ou lavanderia. A vida é prática no estúdio, assim como é bem real, sem a pretensão de que seja capa de revista.
Quero só mostrar um estilo de vida, ideias e me divertir".
Dicas de Guilherme para imprimir personalidade no apê
- Verticalize. Viu o bar vertical de Guilherme? "Vim dos anos 1980, onde havia aqueles bares gigantes e altos, com taças penduradas. Não bebo todos os dias e aqui a ideia foi colocar o bar verticalizado. Vi essa dica em algum programa de TV e me inspirei. Esse é criação minha, inspirado nos pegboards americanos. Fiz em metal com preto para o estúdio não ficar com cara de fazenda. A tela de arame com moldura de ferro mandei fazer na serralheria e coloquei uma fita de led por trás."
- Dê um charme com iluminação. O varal de luzes é outra ideia que funcionou bem no estúdio. "Traz luz e combina com o pé-direito alto daqui. Pontos de luzes adicionais foram importantes no meio, além dos trilhos que já existiam. Passei a incluir um jardim suspenso nesse varal e arrematei tudo com uma moldura do mesmo tamanho da mesa de jantar."
- Busque referências. "Salve conteúdos e coloque numa pastinha tudo o que você gosta. Assim você vai entender qual é seu estilo. Essas referências se repetem em algum momento e é assim que você vai descobrir do que gosta. Fiz isso para delimitar a paleta de cores e até hoje sigo para comprar coisas como roupa de cama."
- Faça você mesmo. Isso vai ajudar a ter maior conexão com seu apartamento. Guilherme tinha coleções de revistas e com elas fez dois bancos que se apoiam em decks com rodinhas, e são amarrados por um cinto. "Não queria gerar esse lixo todo e de quebra ganhei bancos para a casa."
@s que me inspiram
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