Batata gratinada: aprenda a receita original francesa e uma versão expressa
Reconfortante e quentinha, a batata gratinada vai para a mesa nos domingos em família no Brasil e também surge com frequência na França, onde atende pelo nome de gratin dauphnois.
Karen Goldman, à frente do blog "Eu Como Sim", trabalha com gastronomia e turismo em Paris e compartilhou com Nossa duas versões do prato. A que aparece em livros clássicos e é tida como original exige paciência.
Como as batatas vão direto para o forno mergulhadas no creme de leite, demoram cerca de 2 horas e meia para cozinhar. Mas tem vantagens: o vegetal (de preferência do tipo asterix) absorve umidade aos poucos e derrete na boca.
Cozinhar lentamente é melhor para o sabor e a consistência das batatas, mas tome cuidado para que o molho não seque".
A opção "express" da receita usa o fogão para adiantar o processo de cozimento da batata e é ligeiramente mais leve. Segundo Karen, para ficar mais 'light', vale colocar metade leite (integral ou semidesnatado), metade de creme de leite.
Ambas as alternativas resultam num prato perfeito para dias frios e podem acompanhar tanto uma salada verde quanto a carne de sua preferência.
Clique nas imagens abaixo e confira as receitas completas:
Voo sem volta para Paris
Depois de mais de uma década trabalhando em São Paulo com publicidade e internet, a carioca Karen Goldman, hoje com 43 anos, cruzou o oceano Atlântico para estudar culinária na Ferrandi Paris, prestigiada instituição de hospitalidade.
A ideia era que o hobby herdado da mãe e das avós e aperfeiçoado em cursos livres nacionais ganhasse o protagonismo de profissão.
Vendi carro, aluguei apartamento e resolvi começar de novo. Meu objetivo era abrir uma pequena escola de gastronomia no Brasil".
O destino surpreendeu: no segundo dia que chegou na França, ela conheceu o homem com quem se casou e teve um casal de filhos. Mesmo mudando a rota inicial e permanecendo fora do país, Karen focou no público brasileiro.
Aposentou seu antigo blog amador e deu iniciou, em 2014, ao "Eu Como Sim", onde compartilha os aprendizados numa das capitais mais saborosas do mundo.
Após dois diplomas, um sobre história da alimentação e outro de degustação de queijos, Karen abriu a agência Gastronomos, que faz tours gastronômicos com turistas apaixonados por comida.
"Com aulas de cozinha e visitas a produtores de orgânicos, vinhos e queijos, vamos além dos restaurantes".
Na pandemia, o público reduziu e ela precisou ampliar a clientela para outras nacionalidades. Agora, se prepara para voltar a receber brasileiros, mas de outros nichos. "Quando comecei era muito bacana porque brasileiros de classe média estavam conseguindo vir para França. Hoje em dia está mais elitizado".
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