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Barril de uísque mais caro do mundo é leiloado com NFT por R$ 13 milhões

O barril de uísque mais caro do mundo: Macallan, safra de 1991 - Reprodução/Twitter
O barril de uísque mais caro do mundo: Macallan, safra de 1991 Imagem: Reprodução/Twitter

De Nossa

27/10/2021 09h00

Um barril de uísque escocês Macallan, safra do ano de 1991, se tornou o mais caro barril da bebida já vendido no mundo após ser arrematado em um leilão na sexta-feira (22) por US$ 2,33 milhões, ou quase R$ 13 milhões em cotação de hoje.

Mas este não foi o único aspecto pioneiro ou inovador do negócio. Como forma de autenticação do barril, a tradicional fotografia acompanhada de atestado de autenticidade foram substituídos por um NFT (tóken não fungível), criado pelo artista digital Trevor Jones.

Mas o que seria o tal NFT? Um tóken não fungível é um item digital único ou raro, como uma obra de arte assinada ou autografada em um livro de registros virtual, também chamado de blockchain. No caso do NFT que acompanhou o Macallan, o quadro "The Angel's Share", criado por Trevor e que não existe em forma física é o item raro.

"The Angel's Share", obra do artista digital Trevor Jones em NFT, autenticou a venda do barril - Divulgação - Divulgação
"The Angel's Share", obra do artista digital Trevor Jones em NFT, autenticou a venda do barril
Imagem: Divulgação

A arte foi inspirada nas formas e cores do barril original especialmente para o leilão conduzido pela corretora VCL Vintners, que aconteceu através da plataforma Metacask, um marketplace para "investimentos em barris de uísque", segundo seu site.

O uísque Macallan de 1926, envelhecido por 60 anos, havia estabelecido um recorde anterior de US$ 1,9 milhão, ou R$ 10,6 milhões, por garrafa.

Apesar de a safra de 1991 não ter o mesmo tempo de envelhecimento ou não ser nem de longe tão antiga quanto a recordista anterior, o comprador levou para casa o equivalente a 600 garrafas por um preço de US$ 3.880 ou R$ 21,6 mil cada.

Uma barganha, talvez, se levado em consideração que um barril do mesmo uísque, o Macallan 1991, com rendimento de 200 garrafas, foi arrematado em agosto por apenas US$ 573 mil, ou quase R$ 3,2 milhões. A autenticação sofisticada com a obra de arte teria então valorizado o produto principal e incrementado os lances, estima a revista especializada Food & Wine.