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Gleici Damasceno conta como quase deixou de fazer a inscrição para o BBB

Bruno Calixto

Colaboração para Nossa

19/09/2021 04h00

O povo do Acre em uma palavra? "Arroxado", responde Gleici Damasceno, atriz e vencedora do BBB 2018, que abriu a câmera em sua casa para conversar com Zeca Camargo no "Brasil com Zeca", exibido por Nossa, no Canal UOL.

No início do bate-papo, ela conta que herdou dos conterrâneos algumas qualidades. "Ser muito batalhador e buscar as coisas, fazer acontecer. As pessoas duvidam da nossa existência, então a gente sempre precisou se reafirmar. É um estado à margem de tudo,".

De comida típica, a acreana destacou a Baixaria. "É o prato mais conhecido e cultural no estado. Depois da balada, todo mundo vai para o Mercado do Bosque comer a baixaria".

Confira a receita clicando na imagem abaixo:

Baixaria

Dificuldade Fácil
1 porções
40 min
Ver receita completa

Para quem tem interesse em visitar este pedaço de Brasil que foi declarado um estado do nosso país somente em 1962 - há 59 anos —, ela indica o Seringal Cachoeira, a cidade de Xapuri, onde nasceu Chico Mendes, e o Parque Nacional da Serra do Divisor, onde há "uma das maiores biodiversidades brasileiras".

Gleici - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Uma personalidade acreana destacada por Gleici, além de Chico Mendes, foi Marina Silva. "Conterrânea que sempre me inspirou". Glória Perez também foi lembrada: "nossa deusa".

"Tem ainda o Weverton (Pereira da Silva), goleiro da Seleção Brasileira e minha mãe".

Família

Gleici - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Da infância, ela recupera um dos motivos pela admiração à mãe. "Nasci na zona rural de Rio Branco, um contato com a natureza muito grande, meu pai era peão e cuidava da fazenda. Com 7 anos minha mãe e ele se separaram".

Era um relacionamento abusivo, ela foi uma mulher muito corajosa".

"Casou-se aos 14 anos e conseguiu ir pra cidade com os três filhos, trabalhou como empregada doméstica na casa das pessoas. A gente ficava um com cada conhecido. A duras penas, ela cuidou da gente".

Visão social e política

Gleici Damasceno - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Imagem: Reprodução/TV Globo
Gleici Damasceno - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Imagem: Reprodução/TV Globo

Pessoa mais jovem a ocupar um conselho racial, Gleici começou a trabalhar aos 12 anos.

"Muito cedo fundei uma associação de juventude da Baixada da Sobral, éramos 17 jovens, fui eleita presidenta. A gente fazia cinema na comunidade, sem grana para ir ao Centro. Eu mesmo ia falar com os deputados na Assembleia Legislativa, mostrava o projeto", lembra a atriz.

Sempre fui muito envolvida com questões sociais, gosto disso, como transformar a vida de outra pessoa com pouca coisa".

Inscrição no BBB

"Minha mãe sempre gostou do BBB. Um dia, voltando da faculdade — eu fazia psicologia —, lembro de ver ela assistindo, sentar ao lado e acompanhar uma cena que me deixou muito incomodada. No outro dia, no trabalho, comentei com uma amiga, abri o computador e fiz minha inscrição. Mas de brincadeira! Eu não ia realmente fazer minha inscrição, só que toda hora o celular vibrava com a mensagem para concluir o processo. Até que decidi abrir e preencher o formulário", conta.

Quando entrei no BBB, eu sabia da importância. Quando sai, também. Quantas meninas negras me olharam e se enxergaram!"

Bate-volta com Gleici

Gleici - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Qualidade:
"Sonhadora"

Defeito:
"Esquecida"

Referência:
"Minhas avós e tias, além da mãe"

Quem para o paredão:
"Bolsonaro"

O que faz o coração bater mais forte:
"Uma grande transformação na vida de alguém"

Lado bom da fama:
"Os recebidos"

Lado ruim:
"Os haters"

Legado do BBB:
"Poder dar uma casa para minha mãe"

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