Qual a relação desta mansão abandonada com a tragédia do Titanic? Descubra

O fotógrafo e explorador urbano Leland Kent redescobriu uma peça da história da arquitetura americana: a propriedade Lynnewood Hall, uma mansão de US$ 256 milhões — cerca de R$ 1,33 bilhão em cotação de hoje — construída em Elkins Park, Pennsylvania, em 1900, que tem laços históricos com a tragédia do Titanic.
Em seu projeto "Abandoned Southeast" (Sudeste Abandonado, em tradução livre do português para o inglês), Leland procura imóveis inabitados que contem um pouco do passado da região americana. Durante suas pesquisas, ele se deparou com a antiga casa de luxo, que pertenceu a Peter Widener, investidor do navio. Veja imagens no álbum:
Peter havia encomendado o projeto de Lynnewood Hall ao arquiteto Horace Trumbauer cerca de 15 anos antes do naufrágio, que aconteceu em 1912. Apesar de ter direito a uma passagem para o Titanic, ele não quis fazer a viagem por causa de sua idade. Na época, o proprietário tinha 78 anos, de acordo com o jornal "The New York Post".
No entanto, segundo um levantamento histórico da Widener University, Peter decidiu usar sua influência para conseguir o embarque de seu filho, George, sua nora, Eleanor e seu neto, Harry, que estavam na França na ocasião para contratar um chef para o seu novo hotel, o famoso Ritz Carlton.
A família, que deveria ter sido instalada em Lynnewood Hall após chegar nos EUA vinda da Europa, no entanto, não completou a viagem. Apenas Eleanor sobreviveu ao Titanic.
Chamado pela família de "O Último Versalhes Americano", o imóvel de 6.503 metros quadrados tem 55 quartos, 20 banheiros, um grande hall com escada, piscina coberta, galeria de arte e salão de festas para mil pessoas, informou uma pesquisa da Associação de Prédios Históricos Americanos.
Peter Widener morreu em 1915, três anos depois de o Titanic afundar e a casa se tornou lar de seu filho caçula, Joseph, até 1943. Em 1952, o pastor macarthista Carl McIntire transformou a propriedade em uma escola religiosa até que um banco tomou posse do imóvel em 1992 por dívidas.
Atualmente, a dona da casa é a Primeira Igreja Coreana de Nova York, que a comprou em 1996 por zero dólares, segundo documentos da venda obtidos pelo Post. No entanto, a mansão não recebe reparos ou manutenção há anos devido aos altos custos, diz Leland Kent.
No site de seu projeto, ele lamenta que parte das mobílias e obras de arte tenham sido vendidas pelo pastor durante o período de dificuldades financeiras. Em seu auge, a residência abrigou obras originais de Vermeer, Rembrandt, Raphael, El Greco, Degas, Manet, entre outros.
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