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Governador do Havaí desencoraja viagem à região por causa de surto de covid

Vista aérea da praia de Waikiki, no Havaí - Getty Images
Vista aérea da praia de Waikiki, no Havaí Imagem: Getty Images

De Nossa

24/08/2021 15h57

O governador do Havaí, David Ige, pediu a turistas que não visitem a região, conhecida pelas suas praias paradisíacas, por causa de uma ressurgência no número de casos da covid-19.

Em conferência à imprensa e ao público transmitida através das plataformas oficiais do governo nesta segunda (23), ele desencorajou o turismo e pediu que visitantes "reduzam e restrinjam" suas viagens ao estado americano e as façam apenas quando se qualifiquem como atividade essencial.

De acordo com o governo americano, são consideradas essenciais as viagens de cidadãos natos ou residentes permanentes em trânsito retornando para casa; aquelas realizadas por motivo educacional; de trabalho; viagens de emergência a serviço do país e aquelas de saúde (como para receber tratamento no local).

"É um momento arriscado para se estar viajando. Eu pedi a todos — moradores e visitantes — que reduzam as viagens ao Havaí para aquelas de atividades essenciais apenas. Nós sabemos que este não é um bom momento para vir às ilhas", disse David Ige.

No Havaí, 70,3% dos habitantes já receberam uma dose de vacina contra a covid-19 e 62% estão totalmente vacinadas, de acordo com dados do governo local. Apesar disso, o número de casos cresce em 8,3% a cada semana e, anunciou o governador, os leitos de enfermaria e UTI já estão lotados.

Em junho, o Havaí recebeu mais de 791 mil turistas, segundo estimativa das autoridades, um índice apenas 16,5% menor do que aquele de junho de 2019, anterior à pandemia. O governador alertou que viajantes que esperem encontrar um clima de férias nas ilhas se decepcionarão, já que ele recentemente reduziu a capacidade de estabelecimentos justamente para conter o vírus, além de haver atualmente poucos carros disponíveis para aluguel na região.

Atualmente, restaurantes, bares, academias e outros espaços de entretenimento como casas noturnas só poderão funcionar com 50% de sua capacidade de público. Quaisquer reuniões de mais de 10 pessoas em espaços fechados, ou 25 em espaços abertos, também estão proibidas. Máscaras voltam a ser obrigatórias em público, assim como as regras de distanciamento social.

As ilhas do arquipélago do Havaí haviam relaxado suas restrições para viagens domésticas em julho — quando alcançaram a marca de 60% da população totalmente imunizada — e já estavam recebendo turistas com esquema de vacinação completa de outras partes dos Estados Unidos, por exemplo.

Com a chegada do verão no fim de junho no hemisfério norte coincidindo com o sucesso do controle da doença e da campanha de vacinação, o governo estadual havia decidido flexibilizar as medidas sanitárias e permitir a reabertura de negócios turísticos na região.

No entanto, em anúncio, o governador afirmou que a variante delta "mudou o curso da pandemia" na região. "Estamos vendo os maiores números desde que a pandemia começou, o que exige atenção imediata e séria para conter o estresse desordenado no nosso sistema de saúde e outros impactos catastróficos no estado".

Apesar disso, o programa "Safe Travels" do Havaí continua em funcionamento e cidadãos americanos não precisam cumprir quarentena ao chegar se demonstrarem prova de vacinação ou um teste negativo para a covid-19.