Topo

Motos elétricas e plástico zero: como o iFood promete delivery sustentável

Comida entregue em caixas de papel: promessa é acabar com embalagens de plástico - Oscar Wong/Getty Images
Comida entregue em caixas de papel: promessa é acabar com embalagens de plástico Imagem: Oscar Wong/Getty Images

De Nossa

25/03/2021 10h09

O mercado de entrega de refeições em domicílio que já demonstrava força antes da pandemia tornou-se quase essencial para a sobrevivência de restaurantes em tempos de isolamento. Para os clientes, o serviço também é uma mão na roda: o pedido chega na portaria e tudo que o freguês precisa fazer é descer de elevador para buscar.

Por trás dessa lógica, porém, há problemas. Estão entre eles a produção de lixo em excesso por causa das embalagens e a alta emissão de CO² como resultado das inúmeras viagens dos motoboys.

Pensando nisso, o iFood lançou um projeto de impacto ambiental positivo chamado iFood Regenera, que tem como objetivo acabar com a poluição plástica e neutralizar a emissão de carbono até 2025.

Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis no iFood, explica que a pandemia foi decisiva para encarar esses efeitos de operação como responsabilidades.

Queremos devolver para o meio ambiente mais do que consumimos dele".

Sem plástico e com reciclagem

Central de reclicagem com triagem parcialmente mecanizada deve ser instalada na capital paulista - Halfpoint Images/Getty Images - Halfpoint Images/Getty Images
Central de reclicagem com triagem parcialmente mecanizada deve ser instalada na capital paulista
Imagem: Halfpoint Images/Getty Images

Uma das propostas da empresa é tornar o recebimento de itens descartáveis, como talheres, optativos na plataforma. O objetivo é fazer do serviço uma escolha do cliente e incentivar o pensamento sustentável. Atualmente, muitas vezes os produtos são entregues pelos restaurantes sem serem solicitados e acabam no lixo.

"Nos primeiros testes que fizemos, 90% dos consumidores utilizaram o recurso, o que resultou na redução de dezenas de milhares de talheres e mostra o desejo do usuário em receber menos resíduos nas suas casas".

O aplicativo começará a exibir um selo de boas práticas ambientais para os estabelecimentos que se encaixarem em certas exigências determinadas pelo próprio iFood.

A iniciativa também incentiva a oferta de embalagens sustentáveis e promete ajudar na troca do plástico pelo papel ao participar ativamente das etapas de produção, comercialização e distribuição de novas soluções. "Queremos oferecer um preço competitivo às indústrias que já existem, mas que não possuem escala de produção e demanda".

Parte dos esforços serão voltados para a reciclagem, melhorando as estruturas e os maquinários de cooperativas. O iFood também promete construir em São Paulo uma central de triagem parcialmente mecanizada para aumentar a taxa de reciclagem na cidade.

Reflorestamento e motos elétricas

Projeto para motos elétricas: de 30 a 10.000 - LanaStock/Getty Images/iStockphoto - LanaStock/Getty Images/iStockphoto
Projeto para motos elétricas: de 30 a 10.000
Imagem: LanaStock/Getty Images/iStockphoto

Um relatório encomendado para uma empresa de tecnologia do carbono estima que o número de CO² emitidos em 2020 pelas operações do iFood foi de 128.000 toneladas. A neutralização dos gases será feita por reflorestamento e através de investimento em projetos de preservação ambiental.

O trabalho não fica apenas na compensação e busca alternativas, como a parceria com empresa de bicicletas elétricas que começou em outubro em São Paulo e no Rio de Janeiro e deve chegar em outras cidades.

Outro projeto-piloto envolvendo motos elétricas tem previsão de lançamento para abril. A expectativa é começar com 30 motos e chegar a 10.000 em um ano.

Promessa ainda sem data marcada é o telhado verde na sede do iFood em Osasco. Segundo a foodtech, a horta terá capacidade de produzir 1 tonelada de alimentos por mês e alimentar comunidades do entorno.