Roupa com história: "Jaqueta jeans acompanhou jornada marcante até SP"
Érika Kampfert
Desde que me conheço por gente, meu pai usava uma jaqueta jeans que eu amava, mas ficava imensa em mim. Até que, em 2014, encontrei uma idêntica na Zara, era perfeita. Fiquei apaixonada e decidida a ter a tal jaqueta.
O problema é que, na época, eu não tinha grana para comprá-la. Eu era estagiária e precisava esperar o dinheiro da bolsa cair, o que levou algum tempo. Quando finalmente veio, a jaqueta estava esgotada em todas as lojas da cidade.
Na época, ainda não tinha e-commerce da marca no Brasil, então embarquei em uma missão: liguei para todas as lojas em cidades onde eu conhecia alguém que poderia ir buscar a peça para mim. Encontrei uma filha única em uma loja de Curitiba, pedi para uma tia ir buscá-la, depois outra tia me visitou e trouxe a jaqueta até mim. Ufa!
Desde então, ela virou minha companheira para tudo. Mesmo depois de tantos anos, ela continua estilosa e super confortável.
A jaqueta é de um jeans claro, bem estonado, com alguns rasgos e partes mais desgastadas, mas com uma modelagem clássica dos anos 1980/1990. Gosto desse astral mais clássico e de como ela envelhece de um jeito bonito.
Aliás, conforto é a palavra que me vem em mente para descrever essa peça, porque ela faz eu me sentir confortável e aconchegada, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Mesmo não sendo a mesma jaqueta do meu pai, o fato de ser muito parecida faz eu me sentir segura, como se ele estivesse comigo.
Depois de ter viajado de Curitiba até Florianópolis, onde eu morava, a jaqueta me acompanhou em várias viagens, mas a mais marcante foi minha mudança para São Paulo. Vim sozinha com duas malas gigantes, em uma viagem de 12 horas de ônibus, e ela foi a escolhida para me acompanhar nessa jornada.
Lembro da ansiedade e insegurança da mudança, mas sei que foi importante estar vestida com algo que me trazia tanto conforto.
Não sei quanto tempo mais ela vai durar, considerando que os rasgos vêm crescendo, mas enquanto for possível, vou continuar usando. Quando chegar a hora de aposentá-la, talvez faça um quadro com ela — sou muito sentimental com essas coisas!
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