As vantagens do porcelanato: arquiteta aponta como usar o revestimento
Na hora de construir ou reformar, uma dúvida frequente pode ser a do revestimento cerâmico. Apesar de características em comum, cerâmica e porcelanato têm diferenças cruciais quanto à durabilidade, resistência, processo produtivo e usabilidade.
A arquiteta Cristiane Schiavoni, aponta que os materiais têm diferenças já em sua fabricação. Enquanto a cerâmica convencional reúne argila e alguns minerais, o porcelanato é um misto de porcelana e materiais mais nobres.
A temperatura de queima das duas matérias-primas também é díspar: a queima mais alta do porcelanato dá mais resistência mecânica e química à peça, além de baixa porosidade.
Em resumo, isso faz do porcelanato uma peça muito resistente ao risco, desgaste e ao ataque químico", comenta Cristiane.
Há quem acredite que a principal diferença está na borda retificada. Porém, a arquiteta aponta que a cerâmica também pode ter essa característica, chamada de bolde.
Xô, umidade
Outra diferença importante é a questão da impermeabilidade, já que o porcelanato é quase impermeável, o que traz algumas vantagens para a obra, dependendo da situação que ele vai ser utilizado.
Segundo a marca Incepa, um bom índice para perceber a porosidade de uma peça é a medição de sua absorção de água. Os porcelanatos são os revestimentos que menos absorvem água de todo mercado, com um índice de menos de 0,5%. Em comparação, revestimentos Grés absorvem de 0,5 a 3%; semi-porosos, por sua vez, de 3 a 6%. Os revestimentos de parede, classificados como porosos, superam 10% de absorção de água.
Porcelanato técnico e esmaltado
Há mesmo diferença entre porcelanatos. Os técnicos possuem superfície polida ou natural e são pouco porosos, contendo um índice de absorção máximo de 0,1%, enquanto o esmaltado tem um índice máximo de 0,5%.
Os técnicos ainda têm uma composição especial, para que a massa porcelânica esteja em sua superfície, conferindo altíssima resistência mecânica, a riscos e abrasão.
Já os esmaltados vêm com uma camada de esmalte em sua fabricação, oferecendo mais brilho à peça, além de um toque acetinado ou áspero.
Um pouco mais porosas que os porcelanatos técnicos, essas peças são indicadas para parede e pisos, desde que sejam observadas as indicações de uso, que levam em consideração, entre outros itens, como a quantidade de pessoas em circulação ou o ambiente ser seco ou molhado.
Avanço e versatilidade
"Antes, muita gente acabava apostando no revestimento para áreas molhadas, como cozinhas e banheiros. Mas hoje, é uma opção imbatível também para livings, quartos e varandas", aponta Cristiane.
O calor e o toque da madeira ainda são insubstituíveis, mas o porcelanato chega bem perto, com maior facilidade de limpeza e resistência a manchas, por exemplo", continua.
O porcelanato tem uma resistência muito grande, portanto é bem-vindo em piso e parede, desde que sigam as normas técnicas. Já a cerâmica precisa ser analisada pela sua graduação: PI1, PI2, PI3, até o 5. É preciso fazer uma avaliação de onde você vai usar o revestimento, pois numa piscina, por exemplo, onde o atrito é zero, é indicada a cerâmica.
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