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Cintura baixa, piercing e franja: quando voltamos para os anos 2000?

Bella Hadid com calça de cintura baixa no desfile da coleção masculina de primavera/verão 2020 da Versace  - Victor Boyko/Getty Images
Bella Hadid com calça de cintura baixa no desfile da coleção masculina de primavera/verão 2020 da Versace
Imagem: Victor Boyko/Getty Images

Gustavo Frank

De Nossa

04/11/2020 04h00

O ano é 2020, mas parece que os tempos pandêmicos nos levaram para um passado não muito distante, quando a moda fazia outro sentido no nosso dia a dia.

No universo feminino, Kim Kardashian e Paris Hilton apareceram juntas desfilando conjuntinhos de veludo e Bella Hadid nunca desfilou tantas calças de cintura baixa.

Paris Hilton e Kim Kardashian - Reprodução - Reprodução
Paris Hilton e Kim Kardashian
Imagem: Reprodução

Já no masculino, o cantor Troye Sivan resgatou o piercing no nariz — aquela bolinha que foi uma febre, lembra? — e as bijuterias coloridas, que se parecem com doces.

Troye Sivan com piercing no nariz - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Troye Sivan com piercing no nariz
Imagem: Reprodução/Instagram
Cantor exibindo a pulseira de bijuterias - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Cantor exibindo a pulseira de bijuterias
Imagem: Reprodução/Instagram

Enquanto isso, Justin Bieber deixou a franja crescer, como quando estourou com "Baby". Um belo acompanhamento revival para a sua linha de Crocs.

Justin Bieber retorna com o visual de franja - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Justin Bieber retorna com o visual de franja
Imagem: Reprodução/Instagram

Tudo isso nos traz referências de muitos anos atrás e prega um dos pilares principais da moda: as tendências circulares. Ou seja, o famoso "tudo que vai, volta".

Esse ponto é sustentado pela consultora de moda Bruna Fagundes a Nossa: "O retorno de roupas é um assunto que sempre entra em pauta e chama a atenção, porque é tão cíclico quanto as tendências".

Como conta a profissional, o que é hype no momento, na maioria das vezes, é reinventado de algo que fez sucesso no passado. O intuito, ou pelo menos um deles, é simples: romper com o estigma de que, no futuro, nos vestiríamos como nos filmes de ficção científica dos cinemas.

"Acredito que, claro, não deixe de ser uma estratégia de marketing, mas também estimula até mesmo o consumo mais consciente de roupas", diz ela, citando a compra em brechós como um exemplo.

A estética dos anos 2000

Além da visibilidade por meio dos famosos no street style, é nas redes sociais onde nasce a paixão por esse visual.

Na verdade, essa plataforma enfrenta uma dualidade: ao mesmo tempo em que reforça tais tendências por meio de compartilhamentos com altos níveis de engajamento, não é difícil encontrar os que se negam a acreditar que essas peças possam voltar, como a calça de cintura baixa.

Maíra Vicol, especialista em moda contemporânea, explica para Nossa como o Instagram, por exemplo, é uma das principais ferramentas para que os anos 2000 estejam em voga.

Jennifer Lopez nos anos 2000 - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Jennifer Lopez nos anos 2000
Imagem: Reprodução/Twitter

"Acho que é muito sobre o que a Geração Z vem pregando", opina. "É um misto do diferente e arrojado com um saudosismo presente nos millennials. Como se fosse uma soma entre ambas as gerações".

Outro ponto importante ressaltado por Maíra é a forma com que os padrões de beleza, ao longo dos tempos, determinaram o que está na moda.

"Existiu um tempo em que era preciso estar dentro de uma caixinha para usar certas peças", conclui. "Hoje em dia, funciona por outro ponto de vista, mais original. É a liberdade de poder usar o que quiser, se encaixando ou não nesses padrões".