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França amplia exigência de 'passe sanitário' apesar de protestos

Turistas na frente do Museu do Louvre, na França - Getty Images
Turistas na frente do Museu do Louvre, na França Imagem: Getty Images

da ANSA, em Paris

09/08/2021 09h55

Mesmo com quatro fins de semana consecutivos de protestos, a França ampliou a exigência do uso do certificado sanitário contra a covid-19 nesta segunda-feira (9). A partir de agora, o documento será obrigatório para ir a bares, restaurantes, cinemas, teatros, hospitais e viagens intermunicipais e inter-regionais por avião, trem ou barco.

O certificado sanitário comprova que a pessoa se vacinou contra a doença; se recuperou da covid-19 nos últimos 180 dias; ou tem um teste negativo para o coronavírus Sars-CoV-2 realizado em menos de 72 horas.

"O objetivo do passe sanitário nos transportes é incentivar a vacinação e a preservação da liberdade", disse o ministro dos Transportes, Jean-Baptiste Djebbari, nesta segunda-feira à imprensa.

Quem for flagrado entrando em algum lugar sem o "passaporte sanitário" pagará uma multa de 135 euros (cerca de R$ 830) - e há punições para os estabelecimentos também. Quem tentar usar o certificado de outra pessoa, porém, pagará uma multa ainda mais pesada, de até 750 euros (R$ 4,6 mil).

Até esse domingo, o documento era exigido apenas para eventos culturais — que são comumente realizados em espaços fechados. O governo ainda impõe que o passe seja obrigatório para ir a hospitais, mas ressalta que "isso não representa um freio" no caso de emergências médicas.

A implementação do certificado gerou uma onda de protestos por toda a França desde o fim de julho. Neste sábado (7), os atos foram registrados em mais de 150 cidades, reunindo milhares de pessoas. Além dos que protestam contra a obrigatoriedade do documento - incluindo muitos empresários do setor de serviços -, as manifestações contam com muitos grupos antivacina.