REGRAS PERSONALIZADAS

Tradicional ou descontraído, cada um tem seu jeito de apreciar um vinho. E estão todos certos

oferecido por Selo Publieditorial

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Regras Personalizadas

Foi lembrando de mil cenas glamorosas do cinema que o publicitário Ronaldo se interessou por vinho. E é fazendo esse clima de celebridade que ele curte beber: fino, desce com sua garrafa de branco para a piscina do prédio e vive aquela fantasia de personagem principal. "Gosto de tomar sol, e no prédio onde moro tem uma piscina. Então, fico tomando vinho branco ali no fim de tarde, gosto muito. Abro a garrafa umas 17h, vejo o pôr do sol", conta. Se o tempo muda, o roteiro também muda, é claro. Aí ele abre um tinto "para curtir o friozinho", senta com seu gato no sofá e bota um filme bacana para assistir.

Mas não se engane: toda a finesse dos momentos em que Ronaldo curte seu vinho vem exclusivamente do simples prazer que ele tem com a bebida. Aquelas mil regras e etiquetas dos apreciadores formais passam bem longe, obrigada. "Regra é uma palavra de que geralmente não gosto", diz. E, se para alguns os trejeitos do mundo do vinho intimidam, para Ronaldo eles não impressionam. "Essas regras são engraçadas", diverte-se. "Você olha e pensa, "gente, pra quê isso?". Entre as que acha mais desnecessárias estão aquelas que regulam o tipo e quantidade de água que acompanha a bebida. "Vou ter que ir atrás de água agora para beber meu vinho? Meio exagerado, né?".

Ronaldo é gente como a gente, que escolhe o rótulo na gôndola do supermercado, bebe no copo de vidro sem problemas e está sempre em busca do "bom, bonito, barato e gostoso". Sabe o que ele faz de errado? Nada. Palavra de uma sommelier que, diferentemente de Ronaldo, entrou para o mundo do vinho justamente ao se encantar com os trejeitos que o cercam.

Geíza Arruda fazia um curso de hotelaria quando participou do serviço de um encontro de sommeliers. Ficou fascinada. "Me encantei com aquela mística, as pessoas falando de química, história, geografia, suas viagens... Acredito que a vida é cheia de sabor, prazer, gosto, cheiro, e quis aquilo para mim", conta. Geíza foi a mais jovem sommelier a se formar em São Paulo, aos 20 anos e, no seu caso, sua própria presença já era, de certa forma, um jeito de quebrar as regras. "Muito jovem, de um ambiente diferente, negra, mulher numa atividade então majoritariamente masculina... claro que muitas vezes me senti intimidada", conta. A cartilha do vinho, para ela, era a linguagem em comum que tinha com pessoas tão diferentes.

Ela explica que essa é a função real das tais regras: serem ferramentas de acesso a informações e novos patamares de experiência. "As regrinhas de grau alcoólico, região, tipo de uva, por exemplo, são parâmetros para o gosto, não necessariamente engessadores de poder", tranquiliza. "O poder do gosto é ter autonomia de conseguir ler um rótulo, saber chegar na informação". Para ela, o maior pecado de um apreciador de vinho não está em coisas como escolha do copo ou da harmonização. "É se prender ao garantido, ficar preso à ideia de não saber - e, porque não sabe, ir sempre no seguro". Provar algo e se dar o direito de não gostar é também um poder. "Para conhecimento próprio, estar confortável e se manter sempre no mesmo vinho é não aprender".

É como diz o meme: é proibido ditar regra, mas se quiser pode. É claro que algumas fazem diferença - ainda que se importar ou não seja sempre opcional. Geíza conta que, acima de tudo, não abre mão da temperatura correta, porque afeta objetivamente o sabor. "De verdade, hoje o que não dá são os extremos de temperatura", diz. Ela conta que, às vezes, amigos queridos querem agradar a amiga sommelier, escolhem um vinho especial e colocam na geladeira. "Vou abrir está mais gelado do que uma cerveja. Ou então guardado lá no cantinho, superquentinho", ri. E por que a regra de temperatura é importante de verdade? "Porque para você sentir a experiência gustativa - não sentir demais o álcool ou de menos as uvas, por exemplo - a temperatura influencia muito. Isso é um fato, é real".

Por isso, as adegas climatizadas fazem tanto sucesso - longe de serem um artigo para experts, elas na verdade ajudam qualquer um a tirar o melhor proveito de sua bebida sem precisar se preocupar com detalhes de temperatura, conservação, luz, etc. A Adega Brastemp 12 Garrafas, por exemplo, tem o tamanho ideal para quem gosta de abrir uma garrafa de vez em quando. Compacta e bonita, ela decora o ambiente, protege as garrafas e mantém o vinho sempre na temperatura perfeita, que você regula através de um painel soft touch e não precisa mais se preocupar.

Já aconteceu com o melhor de nós: num jantar mais bacana, o sommelier serve uma prova de vinho e espera sua reação. E agora? Meio constrangido, meio em pânico, a solução é reunir todo seu talento em uma performance teatral. Gira a taça, sente o aroma, enche a boca e segura a bebida tentando se lembrar detalhes de cenas de filme. Enfim, sua fala: "Ótimo, pode servir", enquanto pensa "não tenho a menor ideia". Ou, ainda, se você ainda está lutando com a prateleira do supermercado e não teve nem a oportunidade de se sentir constrangido por um jantar com sommelier, fique tranquilo - apreciar vinho não é uma corrida, nem tem linha de chegada. Vale o prazer e o gosto de cada um. O constrangimento é comum, mas completamente desnecessário. "É comum que as pessoas se sintam intimidadas", diz Geíza. "Mas a verdade é que o sommelier está lá literalmente só para te ajudar. Afinal, você está comprando uma garrafa fechada. E ele está lá para te ajudar a encontrar o rótulo que corresponde ao que você busca".

Não é porque os enólogos e sommeliers têm seu catálogo sobre o que é melhor que as coisas precisam necessariamente ser assim.

As regras do mundo do vinho estão aí para serem divisores de água entre o que seria o ideal e o que a gente pode, diz Geíza. Entre uma taça de vidro e uma de cristal, por exemplo, tem diferença. Mas não vai incomodar tanto. É até um pouco cultural - os bebedores de vinho na Itália usam um belo copo de vidro mesmo. Basta ser transparente, tá ótimo.

Geíza Arruda

Na vida as coisas não são divididas só em preto e branco (ou branco e tinto), ainda bem. Os bebedores casuais, às vezes, também gostam de um ritualzinho - e os especialistas têm seus momentos de relax. Em casa, a sommelier Geíza diz que "tomo vinho de pijama, se tiver taça é na taça; se não tiver, é no copo. E adoro vinho com pipoca!", recomenda, rindo. Já Ronaldo, quem diria, tem uma regrinha inquebrável: brindar, sempre. Mesmo quando está sozinho: "aí brindo pro ar!".

Cada um gosta de curtir seu vinho do seu jeito, e a Brastemp celebra todos eles. Menos regras, mais vinho! Sem dúvida, adegas Brastemp.

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