Ratos conseguem distinguir tipos de vinho: taxa de acerto foi de 94%

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O ratinho Rémy, de "Ratatouille", pode considerar chamar um parente para o serviço de vinhos de seu restaurante. Uma pesquisa publicada no Journal of Animal Cognition mostrou que os roedores conseguem distinguir vinhos feitos de riesling dos de sauvignon blanc.
Primeiro, os bichinhos (da espécie Rattus norvegica domestica) foram treinados, recebendo recompensas cada vez que identificavam o vinho certo (de uma uva específica e de apenas um produtor).
Depois, os pesquisadores testaram os animais. A taxa de acerto foi de 94% para o vinho específico em que eles foram treinados e de 65% para as uvas.
Cogito levar um camundongo no bolso no meu próximo encontro com amigos em que tentamos identificar vinhos às cegas. A pesquisa foi publicada em fevereiro aqui, mas veio à minha atenção em via Decanter esta semana.
Você já tomou um vinho de Sonoma?

No começo do século, eu sempre recomendava aos amigos vinhos de Sonoma (especialmente os pinots de Russian River e Sonoma Coast), na Califórnia. Não faço mais isso.
Os preços me afugentam mais que uma infestação de ratos. De todo modo, os vinhos continuam deliciosos, e, para quem tiver coragem de passar pela imigração de Trump, é um belo destino turístico. Na minha opinião, mais legal que Napa, que fica a um pulinho e é fácil de conhecer num bate-volta.
É sobre os vinhos de Sonoma que o videocast Vamos de Vinho trata nesta semana. Para assistir, é só clicar aqui.
Uma uva:
petite sirah

Uma vez, no Vale de Sonoma, topei com um petite sirah simples e muito gostoso, feito pela vinícola Foppiano. Como sou de idade provecta, já conhecia a uva por meio do antediluviano Forestier Petite Syrah (eles grafavam assim), que era feito pela vinícola gaúcha aí pelos anos 80/90, mas esse me marcou. Também conhecida como durif, a petite sirah tem alguma semelhança com sua progenitora mais famosa, a syrah (a outra é a peloursin), como o toque de especiarias que lembra pimenta do reino e anis. Costuma dar vinhos mais robustos, bastante alcoólicos e tânicos, mas que não são agressivos. De frutas, espere algo como mirtilo, amora e ameixa. Às vezes, os vinhos são um pouco geleiosos (perdão), mas a acidez normalmente impede que eles sejam entediantes. Se você topar a dica de viagem acima, abra espaço para um petite sirah entre os pinots, chardonnays e syrahs que cruzarão seu caminho.
SAIDEIRA

Esse tava bom
Embora não seja um champagne de alta gama, o best seller Moet & Chandon Impérial Brut entrega tudo que se espera: maçãs, cítricos, florais e tostados, com borbulhas finas e consistentes. Feita com várias safras e com as uvas mais típicas da região: pinot noir, pinot meunier e chardonnay. É meio carinha em qualquer lugar, especialmente no Brasil: espere gastar algo como R$ 400 numa garrafa.

O barato da semana
O Amstramgram Cérès 2023, dos micronegociantes Calmel & Joseph, do Languedoc (França), tem aquela cor tênue de rosados do sul da França. Mas é relativamente potente na boca, com notas de cereja e morangos e algo de cítrico e de damascos. Tem 40% de mourvèdre, 30% de cinsault e 30% de grenache. Na promoção da importadora Chez France, custa R$ 79,90 na compra de seis garrafas.
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