No Peru, o rio Shanay-timpishka, conhecido como 'fervido pelo calor do sol', pode atingir quase 100 °C, sendo capaz de cozinhar animais vivos.
Jody Amiet - 12.out.2017/AFP
O aquecimento não vem do sol, mas de falhas geológicas por onde a água subterrânea quente emerge das profundezas da Terra.
O geocientista Andrés Ruzo mediu temperaturas próximas ao ponto de ebulição e afirma que o simples toque causa queimaduras graves.
Animais que caem no rio morrem rapidamente, já que o calor extremo cozinha os tecidos antes que consigam escapar.
Pesquisas de 2024 instalaram 13 sensores ao longo do rio, registrando temperaturas do ar que variaram entre 24 °C e 45 °C.
O estudo mostrou que, quanto mais quente a área, menor a diversidade de plantas e maior a presença de espécies resistentes ao calor.
Mauro Pimentel - 07.jun.2022/AFP
A vegetação próxima ao rio apresenta sinais de estresse térmico e ressecamento, mesmo em um ambiente úmido.
Cientistas usam o fenômeno como modelo natural para entender os efeitos do aquecimento global sobre a floresta amazônica.
Considerado sagrado por comunidades locais, o Shanay-timpishka simboliza a importância de preservar a Amazônia para evitar impactos climáticos globais.
Jody Amiet - 12.out.2017/AFP
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