Ação contra Trump mostra poder de fãs de K-pop pelo mundo
A notícia de que fãs de k-pop e usuários do TikTok teriam sabotado, em março, um comício do presidente americano Donald Trump pode dizer muito sobre a força desse público, formado em sua maioria por jovens adolescentes. No novo episódio de "Mundo Cômico", a dupla Marco Bezzi e Helder Maldonado, jornalistas por trás da página Galãs Feios, fala sobre a militância virtual dos fanáticos pela música pop da Coreia do Sul. Assista acima.
Os k-poppers, como são conhecidos, alegam que - junto com os usuários da rede social TikTok, que vem sendo alvo de Trump nas últimas semanas -, teriam reservado milhares de ingressos para um comício de Donald Trump na cidade de Tulsa, em Oklahoma, sem intenção alguma de comparar de fato ao evento. Na época, o chefe da campanha para a reeleição de Trump, Brad Parscale, chegou a dizer no Twitter que "mais de um milhão de pedidos de ingressos" teriam sido feitos. No final, o comício recebeu apenas cerca de 6 mil pessoas, segundo o Departamento de Bombeiros da cidade.
Essa é só mais uma das vezes em que os fãs de grupos como BTS e Blackpink, dois dos principais nomes do k-pop atualmente, se envolveram em questões que, teoricamente, nada tem a ver com seus ídolos. Em junho, no auge dos protestos após a morte de George Floyd, a boyband BTS doou um milhão de dólares para o movimento "Black Lives Matter". Menos de 24 horas depois, os fãs igualaram a doação com um milhão de dólares arrecadados online.
Mas de que maneira os discursos, sejam eles milimetricamente pensados para reforçar a imagem dos grupos ou não, afetam a realidade dos milhões de fãs pelo mundo? Para os Galãs Feios, vale ficar de olho e entender essa geração desde já, afinal, "são eles quem vão definir o curso da história política no futuro".
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