Se o Zeebo vai dar certo ou não, apenas o futuro dirá, mas no que depender do suporte inicial, o console de Tectoy e Qualcomm começou com o pé direito: o acervo de títulos vai contar com games de Namco, Capcom, Sega, Activision, 3D Realms, Id Software, Gameloft e Electronic Arts, para citar somente algumas produtoras.
Até março, quando começam os testes do videogame em território nacional, a linha de jogos vai incluir franquias consagradas do naipe de "Crash Bandicoot", "Resident Evil", "Street Fighter", "Ridge Racer", "Tekken", "Virtua Tennis", "Double Dragon" e "Sonic". E, quando o Zeebo estiver nas lojas de vez, em outubro, o consumidor pode esperar muito mais: "Os jogos crescem em progressão geométrica de acordo com a base instalada, modelo convencional da indústria", explica Reinaldo Normand, executivo da Zeebo Inc. cuja principal missão, atualmente, é arrumar 50 jogos para o aparelho até o final de 2009.
Se tudo correr bem e o Zeebo emplacar, referendado pelas gigantes do mercado, a Tectoy esperar poder abrir espaço para as produtoras nacionais - atualmente, somente a Tectoy Digital, braço da empresa, está produzindo para o videogame. "Achamos que existe um caminho muito bacana para fazer algo junto ao Governo, propondo desenvolver para a plataforma e remunerar com os royalties", diz Fernando Fischer, CEO da Tectoy.
Na quarta-feira (12), ao apresentar o console à imprensa, na cidade de São Paulo, os seis jogos que virão com o aparelho foram demonstrados: na memória estarão "Super Action Hero", "Treino Cerebral e uma franquia de futebol bastante popular e que, por questões burocráticas, a Tectoy não pode revelar ainda o nome; "Prey Evil", "Quake" e "Need for Speed: Carbon" terão download gratuito.
Multiplayer e acelerômetroOs games poderão ser adquiridos através do sistema do próprio Zeebo. Basta comprar créditos, via cartão de crédito, boleto bancário e débito em conta. A Tectoy está buscando parcerias com lotéricas para aquisição dos pontos, além de cogitar cartões pré-pagos, website e call center.
"É importante destacar que o consumidor não pagará nenhum tipo de mensalidade para ter um Zeebo; pagará apenas pelos jogos que comprar", ressalta Fischer, quando perguntado sobre o suporte multiplayer do console. A verdade é que, de início, não será possível jogar online e, atualmente, e o executivo procura um modelo que possa não onerar o consumidor com o custo de uso da banda. "A publicidade 'in game', de repente, pode subsidiar o serviço, mas ainda é cedo para dizer".
Por ora, a companhia prefere apostar no acelerômetro, controle sensível aos movimentos que segue os mesmos passos do consagrado Wii-Remote, da Nintendo. Atualmente, a Tectoy Digital trabalha em uma coletânea com seis jogos de esportes radicais para utilizar o acelerômetro, que estará disponível em março.