Esqueça a aventura atmosférica que iniciou muitos jogadores ao mundo 3D em primeira pessoa de "Doom" em 1993. Apesar do nome, "Doom 3" não é uma continuação, mas uma recontagem das aventuras do fuzileiro espacial primordial que virou o mundo dos games de cabeça para baixo.
A trama é bastante familiar. O ano é 2145. A Union Airspace Corporation, uma empresa de pesquisa tecnológica, envia um pedido de socorro de uma de suas bases em uma das luas de Marte. No papel de um dos soldados enviados para investigar o problema, você chega ao laboratório, sabendo apenas que eles estudavam uma revolucionária tecnologia de teletransporte.
Ao chegar nessa base, fica claro que algo está errado: a maioria das luzes está apagada, o local parece deserto... e em pouco tempo sangue começa a aparecer espalhado pelas paredes. Um pouco de exploração e o pobre soldado solitário começa a encontrar zumbis, monstros e demônios infestando os corredores tecnológicos do local.
Toda a estrutura de "Doom 3" é voltada para um único intuito: assustar o jogador. Seja o jogo de sombras, lâmpadas balançando, efeitos sonoros arrepiantes e surpresas em cada canto.
Ao contrário do jogo original, você não terá de enfrentar hordas enormes de oponentes, mas eles são muito mais perigosos e aparecem nos momentos mais inoportunos, deixando o jogador sempre na ponta da cadeira. Como em "Unreal" e "Doom 2", a trama e os objetivos devem ser quase todos relatados por um PDA que recebe e-mails.
Apesar da constante carga de adrenalina, a Id não economizou na tecnologia que promeote fazer de "Doom 3" um dos mais belos jogos já lançados. Além de um sistema de luz e sombra sem similares, a simulação física de cada elemento é cuidadosamente orquestrada.
Desde o balanço do fio de um lustre até o corpo arremessado por uma janela que rola escada abaixo se comportam como na vida real - uma vida que não é nada invejável. A parte sonora não fica atrás, com suporte para som Dolby Digital 5.1.
O miolo do jogo será o single-player, mas mesmo assim algumas opções multiplayer devem saciar a vontade de sangue dos que preferem jogar com outras pessoas na Internet. Apesar de usar armas mais tradicionais como metralhadoras e espingardas, uma variedade de power-ups devem agradar os fãs de "Quake".