UOL BUSCA
PC
Notícias Análises Previews Galerias Fórum Vídeos
Nintendo
Notícias Análises Previews Galerias Fórum Vídeos
Sony
Notícias Análises Previews Galerias Fórum Vídeos
Xbox
Notícias Análises Previews Galerias Fórum Vídeos
DesafiosDownloadsFórumJogos Online
Atrativa Banana Games Cruzadas.net Fliperama Jogue no Charges Meteorus Ryudragon Sodoku Xadrez Online Web Jogos
Loja de jogos
SuperGames Ragnarok Priston Tale
NotíciasReportagensRevistas
Finalboss Fliperama Full Games Gamehall GamesBrasil IDG Now!
ServidoresTV UOLVideopodcast

RECEBA O BOLETIM
UOL JOGOS

Publicidade


Análises
Tomb Raider: Anniversary
PC
"... reconta a aventura original com visual moderno e principalmente com controles mais amigáveis."


08/06/2007
da Redação

"Tomb Raider" foi um dos jogos mais marcantes de sua geração. Não apenas por apresentar aquela que se tornaria a principal musa dos videogames - Lara Croft, que ganhou uma intérprete à altura na estampa de Angelina Jolie nos dois longas-metragens feitos para o cinema -, mas por ser um dos primeiros games a trazer um grande mundo em 3D, que foi possível graças ao amadurecimento no uso dos gráficos tridimensionais.

À época, surpreendeu com uma mecânica que parecia recriar em três dimensões a ação de plataformas do clássico "Prince of Persia" - por ironia, as reinterpretações desse antigo game feitas pela Ubisoft, a começar por "Sands of Time", viria a superar "Tomb Raider" no começo dos anos 2000. Agora, dez anos depois, reconta a aventura original com visual moderno e principalmente com controles mais amigáveis. Mas isso apenas escancara que a dificuldade do jogo está mesmo nos labirintos e nos quebra-cabeças.

Um outro Tomb Raider

"Tomb Raider: Anniversary" pode ser considerado um jogo de ação de plataformas, só que em 3D. Para avançar pelas fases, o jogador é lançado em ambientes de topografias complexas e cheios de armadilhas. Há também elementos de tiroteio, mas é muito menos importante e interessante que os desafios da geografia, ainda que, nesta reinterpretação, tenham acrescentado alguns truques extras. Embora a história seja igual ao original, e as fases tenham as mesmas localidades-chave, a construção dos desafios é praticamente nova.

Lara Croft é membro da aristocracia inglesa, mas seus interesses passam longe de um chá as cinco da tarde em companhia de madames. Sua paixão é a arqueologia, mas seus métodos de exploração a sítios e ruínas antigas são amplamente heterodoxos, objeto de crítica de seus pares. Um dia, Croft é contactada por Jacqueline Natla, uma executiva que lhe pede para trazer um artefato misterioso que está na tumba de Qualopec, no Peru. Naturalmente, há muitas reviravoltas e isso a levará também à Grécia e ao Egito.

Arrumando-se para a festa

A evolução mais aparente nos dez anos que separam "Anniversary" do "Tomb Raider" original são os gráficos. O primeiro game foi lançado quando o PSOne tinha menos de dois anos de estrada, enquanto o remake sai numa época de plena maturidade do PlayStation 2 e das placas de ponta dos PCs. Em poucas palavras, se trata da recriação do pioneiro usando a tecnologia de "Tomb Raider Legend".

Assim, os ambientes "quadradinhos" da época, deram lugar a espaços mais naturais. Os cenários dão impressão de ser mais vastos, e os belos efeitos de luz (é possível enxergar feixes luminosos que entram pelas frestas, tornando evidentes as partículas suspensas no ar) trazem o clima que o primeiro game jamais poderia oferecer.

Mas quem mudou mesmo foi a protagonista, que sofreu uma verdadeira intervenção cirúrgica digital. Se antes Lara Croft era um pouco atarracada e teve suas tranças retiradas por limitações técnicas, agora exibe enorme elegância em suas proporções de manequim. O seu modelito clássico ganhou texturas e pequenos detalhes fazem a diferença: quando ala sai da água, seu corpo parece molhado.

Já a trilha sonora não evoluiu tanto, mas continua eficiente com músicas incidentais que completam o clima de exploração em lugares solitários e remotos. A dubladora da protagonista consegue aliar sensualidade e elegância, e também certa arrogância, tudo compatível com a personalidade da heroína. E o sotaque inglês só faz destacar essas qualidades.

Princesa da Pérsia

No entanto, as maiores mudanças talvez tenham acontecido na controlabilidade. Esqueça o estilo "tanque" do original, lento e que trazia controles relativos (colocar para os lados para virar e frente para andar e correr). Agora, em plena era dos direcionais analógicos, os comandos são ágeis e diretos, tal e qual "Tomb Raider Legend". Lara corre, pula, nada, se dependura, rola e atira com muito mais rapidez.

E alguns novos truques da última aventura também aparecem, e representam uma novidade em relação ao game de dez anos atrás. Trata-se da corda com gancho e do salto em 45 graus, por exemplo. Esse objeto permite a personagem se dependurar em certos lugares, e também derrubar partes do cenário. Naturalmente, há novos desafios que usam esses movimentos.

As partes de tiroteio são desinteressantes como o original, com raras exceções. Aqui também foram acrescentadas novidades, como a possibilidade de fazer um desvio à la "Matrix", ou seja, toda vez que um inimigo vier para cima de você, e se ativar o desvio quando a tela ficar embaçada, a esquiva acontece em câmera lenta. Ainda, se conseguir dar um tiro no momento em que as duas retículas se juntam, o dano aplicado ao inimigo será devastador, reduzindo, assim, o tempo de combate. Não que os enfrentamentos sejam difíceis, pois você pode facilmente vencer a maioria dos animais selvagens pulando a atirando ao mesmo tempo.

Ainda que a câmera ainda seja um problema pela pouca versatilidade, o jogador tem menos razão para criticar os controles. O game está muito mais amigável: os "checkpoints", por exemplo, geralmente estão na divisa área para outra, em intervalos relativamente pequenos, ou seja, se você morrer - e isso deve acontecer muito -, tem que refazer apenas um curto trecho (a parte chata é que o "loading" é comprido). Mesmo assim, o jogo continua difícil como o original.

Para quem tem garra

Mesmo nas primeiras fases, a solução dos quebra-cabeças não é nada óbvia. Quase tudo é tentativa e erro. Toda vez que chegar numa nova área, será preciso verificar os acessos e as armadilhas, tentar imaginar uma rota e bater pernas, pular e fazer cambalhotas. Os locais que Lara explora são verdadeiros labirintos, sem nenhum mapa dentro do jogo para ajudar. Sendo assim, definitivamente, não é um título apropriado para jogadores casuais ou aqueles que se frustram fácil. Mas, esse é daqueles games que, quando um quebra-cabeça é finalmente resolvido, traz uma sensação de satisfação.

"Tomb Raider: Anniversary" traz um conteúdo bastante grande. Parte da longevidade do game se deve à sua dificuldade, pois, a não ser que seja um jogador realmente inspirado, é difícil resolver os desafios das plataformas com poucas tentativas.

Presente para os fãs

"Tomb Raider: Anniversary" é uma homenagem à altura do seminal game de 1996. O enredo continuou o mesmo, mas toda disposição de fases foi refeita, sendo praticamente um novo jogo. Gráficos atualizados e controles mais ágeis trazem a mesma dinâmica de "Legend". O espírito do original foi respeitado: mesmo com alguns recursos amigáveis, os quebra-cabeças continuam difíceis. Além da alta qualidade, há mais um motivo para comemorar o aniversário da série: o game está a venda por preços módicos (US$ 20 no PS2 e US$ 30 no PC, nos EUA).
Veja também
Videoanálise de "Tomb Raider: Anniversary"