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Análises
Sam & Max Episode 6: Bright Side of the Moon
PC
"Talvez não tenha ápices tão brilhantes (...), mas na média é um episódio completo."


27/04/2007
da Redação

Passaram-se seis meses desde o início da primeira temporada de "Sam & Max", que chega ao fim em grande estilo com "Bright Side of the Moon", episódio que, na média, é o mais interessante de todos, pela inspiração fora do comum das piadas, quebra-cabeças e performance dos personagens. É difícil dar detalhes sem cair nos "spoilers" - ou seja, revelar partes da história -, mas é um capítulo imperdível, principalmente para aqueles que estão acompanhando a série desde a estréia.

"Fly Me to the Moon"

A temporada de "Sam & Max" passou por altos e baixos, mas recuperou-se na reta final - mais especificamente a partir do quarto episódio -, e "Bright Side of the Moon" é como uma reunião do que melhor aconteceu nestes meses. Por isso, é bem provável que apenas os jogadores que estão acompanhando a volta da dupla consigam extrair do desfecho todo o seu potencial de divertimento. E não é pouco, acredite.

Desta vez, Sam e Max têm que ir à Lua para impedir que Roy G. Biv, o misterioso vilão por trás de todas as insanidades vistas ao longo dos capítulos, complete o seu plano de hipnotismo global. Ele se esconde por lá, em sua Bolha de Tranqüilidade, junto com uma série de "vítimas" da hipnose, como Abraham Lincoln, o galo ator Philo Pennyworth e o agente Superball.

Em geral, todos têm um papel ativo na trama: em "Bright Side of the Moon", vê-se que a Telltale ouviu os jogadores e promoveu mudanças - uma das vantagens da distribuição digital -, já que os enigmas não são desconexos em relação aos outros, que era uma das principais queixas em relação aos capítulos anteriores. Agora, é preciso reunir amuletos que causam variados efeitos - fazer pessoas vomitarem, por exemplo -, mas dentro de uma seqüência razoavelmente lógica (se bem que é difícil falar de lógica em "Sam & Max").

Outra boa novidade é que Max, além dos habituais diálogos nonsense com Sam, pode funcionar como fonte de dicas; caso o jogador empaque em um trecho, tem a opção de pedir uma dica ao coelho, que continua na presidência dos Estados Unidos, com seu estilo (pouco) diplomático inconfundível.

Na Terra, os cenários são os já conhecidíssimos do público, mas uma iluminação de pôr-do-sol dá um clima todo diferente às ruas. Bosco, provavelmente o melhor personagem coadjuvante da nova fase de "Sam & Max", consegue superar-se ao interpretar a sua própria mãe, enquanto Sybil alcança a realeza com seu novo "emprego", o de rainha do Canadá.

Diversão parcelada

Finda a primeira temporada de "Sam & Max", é possível dizer que a Telltale acertou na fórmula, antes de qualquer coisa pela produção de grande qualidade, na direção de arte que manteve o clima do original e, principalmente, na dublagem excepcional e nos grandes momentos da trilha sonora. Os diálogos chegaram a superar a qualidade do clássico "Hit the Road", provando que os adventures estão longe do fim.

Quanto ao formato de distribuição digital, há prós e contras: o "timing", por exemplo, permite ouvir críticas e sugestões dos usuários para tentar melhorar o produto em oportunidades seguintes, sem falar na possibilidade de explorar temáticas tão variadas, como em um seriado mesmo. Por outro lado, o envolvimento com o enredo não é tão intenso, há o risco de explorar demais certos personagens e contextos (como aconteceu em "Sam & Max") e quem deixar escapar um capítulo pode não se divertir tanto com os seguintes.

Grand finale

"Sam & Max Episode 6: Bright Side of the Moon" vale principalmente pelos diálogos e quebra-cabeças, organizados de forma inteligente e com sentido, algo que será apreciado por aqueles que buscam mais que o humor da dupla - em suma, um autêntico clima de adventure. Talvez não tenha ápices tão brilhantes como o de "Reality 2.0", mas na média é um episódio completo. Que venha a segunda temporada.
Veja também
Videoanálise de "Sam & Max Episode 6: Bright Side of the Moon"