Review: celular Realme 14 Pro+ muda de cor no frio e tem bateria que dura
Para competir em um mercado repleto de smartphones, o novo Realme 14 Pro+, lançado em abril no Brasil, traz um design "diferentão", que muda de cor quando reage ao frio. E a aposta da marca não é só na aparência: trata-se de um intermediário com chip Snapdragon, câmera telefoto e bateria de 6.000 mAh.
Mas será que esse celular vale a pena? O Guia de Compras UOL testou o dispositivo, e as impressões você confere a seguir.
O que gostei
Celular muda de cor. Um dos destaques do aparelho é, certamente, sua tampa traseira que, segundo a Realme, incorpora pó de concha natural e fibras de fusão sensíveis ao frio em seu processo de criação. Quando exposto a temperaturas abaixo de 16 °C, o celular ganha tons de azul por alguns minutos, criando um belo efeito visual.
O acabamento da tampa traseira lembra um pouco o mármore, embora não escorregue facilmente das mãos. Isso, aliada à moldura curva nas extremidades, resulta em uma pegada confortável e ergonômica.

Construção resistente. O Realme 14 Pro+ é mais robusto que muitos modelos de categoria intermediária, tendo certificações IP66, IP68, IP69 e MIL-STD-810H (militar), além do vidro frontal Gorilla Glass 7i. Na prática, essas siglas garantem que o dispositivo superou testes rigorosos de quedas, arranhões, imersão contínua em água doce, poeira, jatos d'água de alta pressão, entre outros cenários.
Aproveitamento da tela. Outro diferencial do celular da marca chinesa é a tela, que, desta vez, é totalmente plana e tem 6,83 polegadas. O mais impressionante é o aproveitamento frontal de 93,8% — ou seja, as bordas são quase inexistentes. Para efeito de comparação, o top de linha Galaxy S25 Ultra tem cerca de 92,5% de proporção tela-corpo.

Além disso, a resolução do display é de 1.5K (2.800 x 1.272 pixels), mais definida que boa parte dos concorrentes na mesma faixa de preço. A tela traz tecnologia OLED, 1 bilhão de cores, taxa 120 Hz, HDR10+ e Dolby Vision. Resumindo: está entre os melhores painéis do mercado para assistir a filmes, séries e jogar.
Desempenho. O lançamento roda o chip Snapdragon 7s Gen 3 com 12 GB de RAM, até 512 GB de armazenamento interno e sistema Android 15. Nos meus testes, o aparelho desempenhou bem em tarefas do dia a dia, como redes sociais e mensageiros eletrônicos, e até aguentou jogos mais pesados sem dificuldades, como Diablo Immortal. Mesmo em uso mais exigente, como edições de foto e vídeo em Full HD, o Realme 14 Pro+ dá conta do recado.

Bateria e carregamento generosos. Com 6.000 mAh, a autonomia de bateria do celular é outro destaque. Com a tela configurada em resolução máxima, 120 Hz e brilho automático, navegando por redes sociais, jogando, assistindo a vídeos e tirando fotos, o aparelho durou cerca de dois dias. O carregamento do dispositivo é de 80 W, e o adaptador de energia vem na embalagem. De 0% a 100%, ele carrega em cerca de 50 minutos. Para chegar a 50%, leva menos de 30 minutos.
Câmera principal acima da média. O conjunto fotográfico do Realme 14 Pro+ inclui:
- Principal de 50 MP com estabilização óptica de imagem (OIS);
- Ultrawide de 8 MP com ângulo de 112º;
- Telefoto de 50 MP com zoom óptico de 3x e OIS.
- Frontal de 32 MP com foco automático.
As lentes wide (principal) e telefoto do aparelho são as melhores que já vi no segmento intermediário. Apesar de não aplicar muita saturação ou contraste para fotos mais chamativas, o resultado natural das imagens chama atenção.

O modo retrato é quase perfeito, com boa reprodução de cores e desfoque de fundo eficaz. Já no modo noturno, as fotos têm pouco ruído, o contraste não é exagerado e as cores permanecem agradáveis.
Caixa completa. O Realme 14 Pro+ sai de fábrica com acessórios. Além do carregador de 80 W, a Realme inclui película protetora já aplicada na tela e capa protetora de silicone, diferenciais que geralmente só as marcas chinesas oferecem no Brasil.
Pontos de atenção
Atualizações limitadas. Segundo a Realme, o aparelho terá apenas duas atualizações do Android, ou seja, as versões 16 e 17 do sistema operacional. Esse é um ponto negativo porque vai ao encontro do que outras marcas presentes no Brasil vêm fazendo, como Samsung e Motorola. O Galaxy A56, por exemplo, deve receber atualizações até 2030 se a Samsung seguir seu cronograma de updates, enquanto a Motorola, com os novos Edge 60, promete três anos de Android e quatro de segurança.

Muito aplicativo pré-instalado. A interface da Realme em cima do Android tem melhorado a cada ano, agora bastante fluida e com algumas ferramentas legais. Porém, ela continua cheia de aplicativos pré-instalados inúteis, tornando a navegação bem poluída. A boa notícia é que dá para desativar e desinstalar a maioria deles, embora isso possa ser inconveniente para alguns usuários.
Falha do algoritmo. Ele ainda peca ocasionalmente ao representar peles negras, deixando-as com aparência esbranquiçada. Não acontece sempre, o que pode indicar influência do ambiente.
Falta de definição nas câmeras frontal e ultrawide. Se por um lado as lentes wide (principal) e telefoto do aparelho vão bem, por outro, as câmeras frontal e ultrawide são apenas razoáveis. Em boas condições de luz, entregam resultados aceitáveis, mas faltam definição e refinamento nas selfies e nas imagens mais amplas.
Para quem vale a pena?
O Realme 14 Pro+ é indicado para quem busca um smartphone com visual ousado e que não deixa o usuário na mão em praticamente nada. Ele tem um belo design, desempenho competente, bateria generosa, câmeras boas e tela de última geração.
Porém, seu preço ainda pode ser um obstáculo se considerarmos que ele é um aparelho intermediário.
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@guiadecompras_uol De 1% a 100% em 4,5 minutos: realme lança novo carregador ultrarrápido. Matéria completa no Guia de Compras UOL. #guiadecomprasuol #realme #tech #technology ? som original - Guia de Compras UOL
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