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21/04/2007 - 12h36

Rexona vence Osasco no tie-break e leva o tetra da Superliga

Da Redação
Em São Paulo
O Rexona/Ades é o campeão da Superliga feminina de vôlei 2006/2007. Neste sábado, jogando no ginásio Caio Martins, em Niterói, o time do técnico Bernardinho venceu uma partida disputadíssima contra o Finasa/Osasco, de Luizomar Moura, e tornou-se o primeiro a conquistar quatro títulos no campeonato.

IMAGENS DA DECISÃO
Divulgação
Rexona comemora conquista do inédito tetracampeonato
Divulgação
Bernardinho aplaude jogada de Renatinha e Sassá (ao fundo)
Divulgação
Vice, atacante Paula Pequeno coloca medalha na filha Mel
PREMIAÇÃO INDIVIDUAL
CAMPEÃS INSATISFEITAS
O duelo foi definido no quinto set, com parciais de 25-12, 29-31, 31-33, 25-12 e 15-11. Os dois primeiros títulos do Rexona foram conquistados quando o clube ainda era do Paraná, nas temporadas 1997/1998 e 1999/2000. O time só voltou a vencer na temporada 2005/2006 e levou o segundo consecutivo agora. Todos os troféus vieram sob o comando de Bernardinho.

"A estrela só brilha para quem trabalha. Nunca vi estrela de ninguém brilhar se esta pessoa não trabalhar muito. Este título é fruto de muito trabalho, ética e dedicação. Nosso time cresceu durante esta Superliga", disse o treinador.

Esta foi a terceira final seguida da Superliga em que os times de São Paulo e Rio de Janeiro duelaram, mas a primeira em que o título foi decidido no tie-break. Na temporada 2004/2005, o Osasco fechou a série contra o Rexona por 3 jogos a 0, e precisou de apenas três sets para levantar a taça.

No torneio 2005/2006, a disputa foi mais equilibrada, com as equipes fazendo os cinco confrontos da série. Mas o último também foi fechado em três parciais. Uma curiosidade é que o público de Niterói acompanha a decisão também pela terceira vez consecutiva, com a cerimônia de premiação no Caio Martins.

O Osasco venceu em 2004/2005, quando conquistou o tricampeonato do torneio. O Rexona deu o troco na temporada 2005/2006, em jogo que marcaria a aposentadoria da levantadora Fernanda Venturini (ela acabou voltando às quadras para defender o Murcia, da Espanha).

Sem uma estrela solitária, o time repetiu a dose apostando em um grupo homogêneo, que conta com atletas da seleção brasileira e jovens promessas, como as levantadoras Dani Lins e Camilla, que se revezaram na tarefa de substituir Fernanda Venturini. E a ponta Regiane, maior pontuadora do jogo deste sábado, com 30 acertos.

"Nunca disputei um título tão suado e tão difícil como esse. Agora é comemorar. Esse time mostrou que tem sangue na veia e, por isso, está de parabéns", disse Sassá, em entrevista ao canal Sportv. Ela é uma das atletas da seleção que integram o elenco do Rexona, ao lado de Renatinha, Fabiana e da líbero Fabi.

O Osasco também contava com jogadoras da seleção em seu elenco, como Paula Pequeno, Carol Gattaz e Valeskinha, além das veteranas Elisângela e Arlene. Mas o grupo teve dois períodos de grande apatia durante a partida.

No primeiro set, o time paulista esteve irreconhecível, desanimado, sem oferecer qualquer resistência às donas da casa, daí a enorme e inesperada diferença no placar. Depois da garra mostrada na segunda parcial, e repetida na terceira, parecia que a equipe tinha voltado aos eixos.

Mas, no quarto set, as jogadoras voltaram a baixar o ritmo e, sem vontade, não conseguiram chegar nem perto do Rexona, que levou o jogo para o tie-break com facilidade. Para se ter uma idéia, as anfitriãs marcaram 18 pontos de ataque contra apenas oito das paulistas.

Mais uma vez, as atletas do Osasco sofreram uma transformação durante o intervalo e voltaram concentradas para o set de desempate. Conseguiram abrir uma boa vantagem no início, chegando a marcar 5 a 0 e depois, 8 a 4. O Rexona buscou o empate e passou a frente (9 a 8) e teve sangue-frio para administrar a vantagem até garantir o título.

O técnico Luizomar Moura estava bastante emocionado ao final da partida, mas disse ter a sensação de dever cumprido. "Nossa equipe lutou bastante. Mas perdemos para um grande adversário. Infelizmente não existe empate no vôlei. Um playoff como esse, com o título sendo decidido no tie-break do quinto jogo, comprovou a força e o equilíbrio que existe entre os dois times."

Nas estatísticas gerais da partida, o Rexona marcou nove pontos de saque, e o Osasco, apenas um. No ataque, o campeão marcou 75 vezes, 12 a mais que o segundo colocado. Em bloqueio, os dois times empataram, com 15 pontos cada. Em erros do adversário, a equipe anfitriã somou 26 e cedeu 30.

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