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23/08/2005 - 09h24

Seleção abre as portas para campeãs mundiais juvenis

Lello Lopes
Em São Paulo
Arquivo
Thaísa é a 1ª jogadora da equipe campeã mundial em 2005 a ter chance na equipe adulta
A meio-de-rede Thaísa viveu um sonho no começo do mês. Com 18 anos, a jogadora do Rexona/Ades foi convidada para treinar com a seleção brasileira feminina de vôlei, em Saquarema, no Rio de Janeiro. E embora tenha muito menos experiência do que as outras meninas que já estavam treinando no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, Thaísa tem algo em comum com algumas delas: o título de campeã mundial juvenil.

Do time que estréia nesta quarta-feira contra o Equador no Torneio Classificatório para o Mundial de 2006, cinco jogadoras são campeãs mundiais juvenis. E seguem uma trajetória iniciada em 1987 por nomes que fizeram muito sucesso no vôlei nacional, como Ana Moser, Márcia Fu e Fernanda Venturini.

Jaqueline, Paula Pequeno, Sheilla e Sassá estavam no grupo que conquistou o título mundial juvenil de 2001, na República Dominicana. Agora, fazem parte da espinha dorsal do renovado time adulto que tentará uma inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Há quatro anos, a ponteira Paula Pequeno foi a grande estrela do time em Santo Domingo. E a jogadora só não disputou a Olimpíada em Atenas porque se machucou com gravidade no começo de 2004. A única atleta daquele time que esteve na Grécia foi a ponteira Sassá.

Mas a equipe que ficou em quarto lugar em Atenas teve mais duas campeãs mundiais juvenis: a meio-de-rede Fabiana, que ganhou o título em 2003 na Tailândia, e a levantadora Fernanda Venturini, presente na primeira conquista brasileira, em 1987, na Coréia do Sul.

A seleção tem que estar aberta.
Zé Roberto Guimarães

O time de Fernanda Venturini foi o que conseguiu maior sucesso na seleção principal. Além da levantadora, outras seis jogadoras jogaram Olimpíadas: Kerly, Simone, Ana Moser, Márcia Fu, Hilma e Virna. Dois anos depois, o Brasil ganhou o bicampeonato mundial com outro esquadrão, que tinha também as "olímpica" Virna, Filó e Ana Flávia.

Para o técnico José Roberto Guimarães, a hora agora é de aproveitar a renovação da seleção brasileira para testar essas novas jogadoras. O trabalho com Thaísa, que também foi campeã mundial na Tailândia em 2003, só foi o primeiro de uma série.

"A seleção tem que estar aberta. A gente está conseguindo um grupo muito bom de trabalhar, que está tentando evoluir. São pontos positivos que têm que ser valorizados por quem está aqui dentro", diz o treinador da seleção brasileira.

Quem pode ter uma chance é a meio-de-rede Adenízia, do Finasa/Osasco, eleita a melhor bloqueadora do último Mundial. José Roberto Guimarães, entretanto, evita entrar em detalhes sobre o assunto. "É complicado falar sobre isso porque fica aquela expectativa futura. Vamos prestar atenção em todo mundo", garante.

Enquanto isso, quem já teve a chance comemora. "(O período de treinos) foi muito bom. Você aprende para caramba. As meninas me deram a maior força. Tinha umas bolas que eu não conseguia fazer e acabei fazendo", vibra Thaísa, que vislumbra um futuro na seleção. "Eu penso que tenho futuro na seleção porque já fui convidada. Mas tudo tem o seu tempo. Se for para ser agora será agora, apesar de eu achar que ainda é um pouco cedo."

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