Com Jaque e Thaisa de modelo, Fê Isis aposta em carreira como estilista
Fernanda Isis, mais conhecida como Fê Isis, tem uma carreira consolidada no vôlei. Mas, aos 34 anos, ela sabe que a vida nas quadras está perto do fim. E a atleta se prepara para o que fará quando abandonar o esporte: ser estilista. Para isso, a central conta com ajuda das companheiras de modalidade e até de campeãs olímpicas, como Jaqueline e Thaisa, em sua marca "Fê Isis For You".
Sem clube nesta temporada, Jaqueline já admitiu que pensa em outras carreiras e uma delas é como modelo. Ela esteve presente no São Paulo Fashion Week em 2018 e tem divulgado constantemente as criações de Fernanda.
"Olha, eu tenho sorte de ter jogadoras muito especiais que abraçaram minha causa e ajudam a divulgar. A Jaque não posso falar nada. Está ali, visível, o quanto ela me ajuda, posta todo dia, divulga", disse Fê Isis.
Mas isso começou antes, com outra jogadora também com passagem pela seleção brasileira. Suelle, que já fez alguns trabalhos como modelo, foi quem deu o start ao lado de Dani Terra. Na época, a central atuava pelo Hinode Barueri e ambas eram companheiras de clubes.
"A primeira que aceitou foi a Suelle e a Dani Terra. Jogavam comigo no Barueri. Depois, foi a Milka e a Bruninha do Minas. Mas outras jogadoras ajudaram a divulgar como Amanda Campos, Claudinha, Barbara, Leia, Rosamaria, Tandara já me ajudou a divulgar. Me falha alguns nomes, mas graças a Deus tive sorte de ter pessoas do vôlei que me ajudaram a fazer. Tudo acontece de forma natural, não gosto de ficar pedindo. Posto uma foto, a pessoa pergunta se tem alguma coisa. Eu digo: 'se você me ajudar, não precisa pagar'. E é mais ou menos assim que rola. Muitas jogadoras me ajudaram mesmo", completou.
Há dois anos, a jogadora chegou a dar um tempo nas quadras para se dedicar totalmente à marca. Mas, com o crescimento da empresa e a ajuda de alguns funcionários, ele conseguiu ajustar a agenda para tocar simultaneamente as duas carreiras.
"Tinha parado de jogar vôlei há dois anos. E falei: 'vou ter coragem, dar minha cara para bater e lançar marca de roupa para mulheres altas'. Hoje, não é só para mulheres altas, mas comecei com isso. Pensei que não ia voltar a jogar, mas acabei voltando. Como arrumei time e consegui conciliar as duas coisas, continuei com vôlei e marca", explicou.
"No começo, eu fazia modelagem e tinha duas costureiras. Desenhava, fazia modelagem, escolhia tecido, participava de todo o processo da produção até embalagem, colocar no correio, Instagram, marketing. Com passar do tempo, a marca foi crescendo. Uma coisa é ter demanda de 40 peças, outra é mil peças. Hoje, tenho nove pessoas que trabalham para mim. A única coisa que faço questão de fazer é responder pessoas do Instagram, me comunicar diretamente com as pessoas, fazer as postagens, desenhar e escolher o tecido. Conforme foi crescendo, para não prejudicar a minha vida de atleta, comecei a colocar pessoas de confiança para fazer as coisas para mim", complementou.
Apesar de ter sido uma alternativa de vida para quando largar as quadras, a carreira na moda começou por coincidência, graças à ajuda da mãe de uma amiga.
"Eu tinha um casamento para ir e queria usar uma saia lápis, aquela saia de cintura alta, em cima do umbigo, bem justa abaixo do joelho. Eu queria usar aquela saia e não encontrava. Todas que eu encontrava eram acima do joelho - o que não caracterizava a saia lápis. A mãe de uma amiga minha do time trabalhava com costura. Falou compra o tecido e eu faço para você. No dia que ela foi costurar, eu participei do processo de tirar as medidas, fazer modelagem, da costura até a saia ficar pronta. Quando comprei o tecido, eu pensei: 'meu Deus, será que a saia vai ficar boa?'. E a saia ficou linda, do jeito que queria. Foi aí que me apaixonei pela costura".
A inspiração para que a carreira fora das quadras começasse a dar certo veio de fora do país. "Não tenho limites para minha marca. Gosto da Coco Chanel, apesar de ser envolvida em questões políticas que são contraditórias, eu me inspiro na mulher que não começou do nada, não tinha dinheiro, nada, apenas a intuição e bom gosto dela. Como eu, ela tinha diferencial. Ela trouxe para mulheres a calça e o tailleur", finalizou.
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