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Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Jogadores e comissão técnica festejam o tetracampeonato da Cimed na Superliga

01/05/2010 - 11h08

Catarinenses tomam Ibirapuera, Cimed bate Montes Claros e leva o tetra na Superliga

Paula Almeida
Em São Paulo

Não foi tão difícil quanto se esperava. Neste sábado, a Cimed confirmou o favoritismo e venceu com sobras o Montes Claros/Bonsucesso na final da Superliga masculina de vôlei no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Aproveitando-se de uma performance acanhada do time mineiro, os catarinenses fizeram grande apresentação e venceram a partida com 3 sets a 0 (25-22, 25-20 e 31-29), igualando dois recordes do Vivo/Minas: a conquista do quarto título nacional e do tricampeonato consecutivo.

IMAGENS DA FINAL NO IBIRAPUERA

  • Alexandre Arruda/CBV

    A torcida da Cimed compareceu em peso no ibirapuera e empurrou sua equipe rumo ao tetra

  • Alexandre Arruda/CBV

    O oposto Lorena (e) mais uma vez foi o destaque de Montes Claros, mas não pôde evitar a derrota

  • Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

    O terceiro set foi o mais longo da partida, e os jogadores da Cimed comemoraram muito o título

Para faturar seu quarto troféu, a Cimed praticamente jogou em casa. Apesar de o duelo ser em São Paulo, a torcida que veio de Florianópolis em 15 ônibus bancados pelo principal patrocinador do time ocupou metade do Ibirapuera, mas fez um barulho ensurdecedor durante toda a partida, como se tomasse o ginásio por completo, e ainda viu seu animador ter muito mais tempo e espaço para usar o microfone do que o colega de Montes Claros.

E a torcida catarinense ainda fez questão de pegar no pé do oposto adversário, Lorena. Maior pontuador da Superliga, o atacante foi também quem mais pontuou no confronto deste sábado, mas claramente afetado pelo baixo rendimento da equipe e pelas provocações dos torcedores (com gritos como ‘Uh, cadê, o Lorena sumiu’ e ‘Ah, uhu, o Lorena é nosso’), errou muitos saques e ataques e parou diversas vezes no bem armado bloqueio da Cimed.

Já pelo lado catarinense, o levantador Bruninho mais uma vez foi o destaque do time, usando bem todos os atacantes à sua disposição e aproveitando-se do dia inspirado dos ponteiros Thiago Alves e Renato e do oposto Bob.

Apesar da derrota na final, Montes Claros sai da Superliga com uma medalha de prata logo em sua temporada de estreia, após fazer grande campanha e deixar para trás rivais tradicionais (como o Brasil Vôlei Clube) e apontados como candidatos ao título (Sada/Cruzeiro).

A Cimed começou o jogo com Bruninho e Bob, Thiago Alves e Renato, Éder e Lucão, além do líbero Mário Jr. Entraram ainda Ialisson e Jamelão. O time é comandado pelo técnico Marcos Pacheco. Já Montes Claros foi pro duelo com Rodriguinho e Lorena, Piá e Diogo, Salsa e Acácio, além do líbero Tiago Brendle. Também entraram Ezinho, Deivid e Breno. A equipe é treinada pelo ex-jogador campeão olímpico Talmo de Oliveira.

O jogo

Conforme as expectativas pré-jogo, as duas equipes mostraram logo de cara qual seria a principal estratégia de ambas: forçar o saque. E foi assim que, com apenas oito pontos disputados no primeiro set, quatro serviços já haviam sido desperdiçados. Graças a dois bloqueios em cima de Thiago Alves e um erro de ataque de Bob, o Montes Claros foi o primeiro a abrir vantagem no placar (6-3), chegando na frente ao primeiro tempo técnico. Na volta do intervalo, porém, os jogadores da Cimed, empurrados pela torcida, vieram para a quadra mais concentrados, conseguiram dois pontos consecutivos (8-6) e, em dois ataques seguidos de Thiago, viraram o marcador (10-9).

A partir daí, as duas equipes passaram a se revezar no placar, com shows das duas defesas e mais saques errados dos dois lados. Os catarinenses chegaram primeiro ao segundo intervalo (16-15) e cresceram na partida (23-19). Os mineiros ensaiaram uma reação (24-22), mas a Cimed fechou o set com 25-22 em um erro de saque de Piá.

Com uma apatia incomum, o Montes Claros, com Ezinho e Deivid nos lugares de Diogo e Salsa, viu a Cimed abrir 4-0 no segundo set. Os mineiros começaram a reagir aos poucos, usando mais as bolas de meio com Acácio, e derrubaram a diferença para dois pontos em um ace de Piá (6-4). Os catarinenses, no entanto, voltaram a abrir e chegaram ao primeiro intervalo técnico com três pontos de vantagem (8-5), ampliando ainda mais a diferença (10-6).

O técnico Talmo de Oliveira pediu tempo, e os mineiros conseguiram uma reação, encostando no marcador com um ace de Diogo (que voltara à quadra no lugar de Piá) e um bloqueio de Acácio (15-14). Mas apesar do crescimento dos rivais, a Cimed manteve o ritmo aos o segundo intervalo, voltou a abrir (21-17) e fechou a segunda parcial com 25-20 em um ataque de Renato.

Com sua formação original de volta para o terceiro set, Montes Claros abriu três pontos de vantagem (4-1), mas os catarinenses não se desesperaram e logo conseguiram a virada (6-5), em um bloqueio em cima de Lorena. Neste momento, os times iniciaram uma troca contínua de bolas e pontos, até que a virada de Montes Claros veio no 15-14, em um ace de Piá. Com um ataque de Diogo, o time abriu dois pontos de vantagem (18-16).

Vendo a ascensão dos mineiros, o técnico Marcos Pacheco solicitou tempo, e as recomendações do comandante surtiram efeito. De volta à quadra, a Cimed virou novamente (19-18), mas logo teve início o momento mais tenso da partida, com uma extensa troca de pontos, até que os mineiros conseguiram uma inacreditável virada em um ataque de Lorena (29-28). Os catarinenses não se entregaram e retomaram a ponta, até que fecharam o set com 31-29 e asseguraram o tetracampeonato.
 

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