UOL Esporte Vôlei
 
11/04/2010 - 00h00

Unilever retoma 'ordem natural', bate São Caetano e faz 6ª final seguida contra Osasco

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Dani Lins e Fabiana formam bloqueio da Unilever em ataque de Mari, do São Caetano, na semifinal disputada neste sábado no ginásio do Tijuca (RJ)

    Dani Lins e Fabiana formam bloqueio da Unilever em ataque de Mari, do São Caetano, na semifinal disputada neste sábado no ginásio do Tijuca (RJ)

A Superliga feminina de vôlei 2009/2010 foi, com certeza, a mais equilibrada dos últimos anos. Mas encerradas as semifinais neste sábado, mais uma vez, pelo sétimo ano consecutivo, a decisão será entre Unilever e Osasco. O time carioca chegou a sua nona final de Superliga ao vencer novamente a Blausigel/São Caetano, desta vez por 3 sets a 2 (25-15, 20-25, 25-14, 25-27 e 15-8), e fechar a série melhor de três com duas vitórias a uma.

A grande decisão colocará frente a frente as duas equipes que já dominam o cenário nacional há oito anos. A última vez que um outro time ficou com o título brasileiro foi na temporada 2001/2002, com o Minas. Desde então, o antigo Rexona, que já havia vencido em 1997/1998 e em 1999/2000, faturou quatro taças (justamente as quatro mais recentes), e o Osasco ficou com outros três troféus.

A final desta temporada será disputada já no domingo que vem, no Ibirapuera, em São Paulo, às 9h45. Nos dois últimos anos, a decisão também foi jogada em partida única, mas no Maracanãzinho (Rio de Janeiro).

Para chegar a mais uma decisão, a Unilever teve grande atuação neste sábado. Embora as centrais Fabiana e Carol Gattaz tenham pontuado pouco, ambas foram muito importantes no bloqueio, que amorteceu grande parte dos ataques do São Caetano. Já a oposta Joycinha (maior pontuadora do confronto com 27 acertos) e a ponteira Regiane viraram quase todas as suas bolas, contando com uma apresentação quase impecável da levantadora Dani Lins.

Já pelo lado de São Caetano, Mari, que chegou a se descontrolar e fazer um gesto de ‘banana’ para a torcida, voltou a mostrar muita irregularidade em quadra, tal como a ponteira Mariana, que acabou substituída pelo técnico Mauro Grasso. A oposta Sheilla esteve muito bem, tal como a levantadora Fofão e a central Juciely, mas isso não foi suficiente para evitar a derrota.

"Nós vencemos dois sets e o tie-break com relativa facilidade, mas a tensão tomou conta em alguns momentos. Tivemos dificuldades, mas mostramos força. O time apresentou um vôlei de alto nível em vários momentos, e isso será importante em uma final em partida única", avaliou o técnico Bernardinho. "O time deles teve volume um pouco maior, que é a característica marcante da Unilever, e no quinto set isso abalou a gente também, apesar de termos feito aquela remonta no quarto set", concordou Mauro Grasso, treinador do São Caetano.

 

SUPERLIGA MASCULINA: PINHEIROS VAI À SEMIFINAL

  • Alexandre Arruda/CBV

    Se havia algum confronto de quartas de final da Superliga masculina de vôlei que não se esperava terminar em dois jogos era Sesi x Pinheiros/Sky. Mas a expectativa não se confirmou. Após vencer o primeiro duelo fora de casa, na última quarta-feira, por 3 sets a 2, o Pinheiros se superou neste sábado, venceu o Sesi por 3 a 1 (25-19, 25-22, 17-25 e 27-25) e assegurou vaga na semifinal do campeonato sem precisar da terceira partida.

    O jogo foi cercado de tensão. Além de precisar vencer para forçar o terceiro duelo e de ter a barulhenta torcida do Pinheiros contra, o Sesi viu os rivais terem uma grande atuação. Além disso, os jogadores se descontrolaram com marcações da arbitragem.

A Unilever foi pra quadra com Dani Lins e Joycinha, Érika e Regiane, Carol Gattaz e Fabiana, além da líbero Fabi. Entraram ainda Amanda, Monique, Michelle e Camila Adão. Já o São Caetano começou com Fofão e Sheilla, Mari e Mariana, e Juciely e Natália, além da líbero Suellen. Também entraram Ciça, Dayse e Ana Maria.

 

São Caetano e Pinheiros, que foi eliminado pelo Osasco em apenas dois jogos, farão a disputa de terceiro lugar, que também deverá acontecer no próximo domingo.

O jogo

O São Caetano já começou a partida em ritmo muito lento e abusando das falhas. A equipe carioca passou pelo primeiro tempo técnico e chegou ao 10º ponto contando com nada menos do que cinco erros das visitantes, que ainda estavam no quinto ponto. A vantagem anfitriã só foi crescendo, e apesar dos dois tempos solicitados por Mauro Grasso, o São Caetano não conseguiu reagir. Com um ataque de Joycinha, a Unilever fechou o set com incríveis 25-15, contando com 14 erros das adversárias (contra apenas um das cariocas).

Diferentemente do que houve no jogo de quinta-feira, quando perdeu o primeiro set e ficou totalmente apático em quadra, o São Caetano conseguiu voltar para a segunda parcial deste sábado com uma força inesperada. Apesar de a Unilever sair na frente (4-2), as visitantes conseguiram virar (5-4) graças a dois bloqueios consecutivos de Sheilla em cima de Érika. A partir daí, o São Caetano cresceu e chegou a abrir sete pontos de vantagem (14-7). As cariocas até encostaram no placar (21-19), mas o time paulista não se abateu e fechou com 25-20 em um ataque de Mariana.

Mas o bom volume de jogo apresentado por São Caetano no segundo set ficou pra trás e não voltou. Sem muito trabalho, a Unilever foi aumentando sua diferença ponto a ponto, chegando a oito de vantagem (19-11) com uma Joycinha muito inspirada. As paulistas não tiveram força para tirar a sobra, e a Unilever fechou com facilidade em 25-14, em um ataque de Joycinha.

O início do quarto set teve o mesmo desenho do primeiro e do terceiro. Com o bloqueio chegando em todas as bolas do São Caetano, a Unilever logo abriu três pontos de vantagem (4-1). Mas com a ponteira Dayse, que entrara no final da terceira parcial, o São Caetano ganhou um novo gás e melhorou sua recepção, crescendo aos poucos e chegando ao empate (16-16). A partir daí, as duas equipes se revezaram na dianteira do marcador, e embora a Unilever tenha tido o primeiro match-point (24-23), o São Caetano virou e fechou com 27-25.

No tie-break, Sheilla continuou voando em quadra, mas a maior diversidade no ataque da Unilever fez a diferença. Com Fabiana, Joycinha, Regiane e Érika bem na partida, Dani Lins pôde distribuir melhor as jogadas e levou o time anfitrião a uma diferença de quatro pontos na troca de quadra (8-4). Depois disso, bastou administrar a vantagem para fechar o set com 15-8 e assegurar vaga em mais uma final de Superliga.

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