UOL Esporte Vôlei
 
03/04/2010 - 23h12

São Caetano volta a vencer Unilever na Superliga após 6 anos e abre 1-0 na semi

Do UOL Esporte
Em São Paulo*
  • São Caetano atropelou a Unilever e conseguiu um surpreendente 3 a 0 no primeiro jogo da série

    São Caetano atropelou a Unilever e conseguiu um surpreendente 3 a 0 no primeiro jogo da série

O longo jejum de vitórias da Blausiegel/São Caetano diante da Unilever em Superligas femininas de vôlei enfim terminou. E em um momento mais do que providencial. Neste sábado, o time comandado pelo técnico Mauro Grasso teve apresentação de gala em casa, venceu a equipe de Bernardinho por 3 sets a 0 (25-22, 26-24 e 25-19) e largou em vantagem na série melhor de três das semifinais da competição.

Embora a Unilever tenha crescido após o segundo tempo técnico dos dois primeiros sets, o domínio do São Caetano na partida foi praticamente integral. Liderado por Fofão, Sheilla e Mari (maior pontuadora do confronto com 18 acertos), e ainda contando com uma atuação surpreendente da ponteira Mariana, o time paulista atropelou a Unilever, que por sua vez errou demais, sobretudo na recepção e na cobertura, e não teve um dia inspirado de nenhuma de suas jogadoras (a única exceção foi a líbero Fabi, disposta como sempre).

Ao final da partida, as jogadoras do São Caetano destacaram a alegria do time e a evolução na reta final da Superliga. "A gente quer brigar muti por essa vaga na final. Tivemos alegria, vibração, e estamos no caminho certo. Na fase de classificação, o time ainda estava duvidando do que podia fazer. Agora o time está todo junto, jogando certinho, e é isso que conta na decisão", declarou Sheilla.

Mas o técnico Mauro Grasso tratou de frear a empolgação de suas atletas. "Um 3 a 0 não reflete um voleibol que reúne duas equipes do nível de São Caetano e Unilever. Agora vamos esperar um jogo muito mais difícil lá no Rio de Janeiro. O objetivo é fechar em duas partidas, mas temos que estar preparados para toda e qualquer eventualidade, preparar as meninas para todo tipo de erro e saber como devemos superá-los", observou o treinador.

Do outro lado, sobraram lamentos e elogios ao time vencedor. "Esse resultado não nos surpreendeu, porque [São Caetano] se trata de uma grande equipe, que cresceu no final. A Fofão imprime uma velocidade muito grande ao ataque, que dificultou nosso bloqueio e a defesa", analisou a líbero Fabi, que pediu mais vibração à Unilever. "Mas falando do nosso time, a gente está chateado pela maneira como a gente se portou na partida. A gente não tem obrigação de nada, só de jogar voleibol com um pouco mais de alegria. O espírito do nosso time é esse, acreditar sempre, lutar sempre. Independentemente do adversário, faltou um pouco de tranquilidade, a gente tentar se divertir lá dentro. A gente tem um time jovem, e eu acho que a tensão gerou alguns pontos de instabilidade".

Depois desta derrota, para chegar a sua sexta final consecutiva de Superliga, a Unilever, que sofreu sua primeira derrota por 3 a 0 nesta edição do campeonato, terá que melhorar muito e se aproveitar do fator casa para vencer o próximo jogo, no Maracanãzinho, às 21h, na terça-feira, para forçar uma terceira e definitiva partida, agendada para o dia 9 de abril também no ginásio carioca, às 21h.

Ao São Caetano, por sua vez, uma vitória fora de casa na semana que vem será suficiente para chegar a uma final de Superliga pela primeira vez na história do clube.

O São Caetano iniciou a partida deste sábado com Fofão e Sheilla, Mari e Mariana, Natália e Juciely, além da líbero Suellen. Também entrou Dayse. Já a Unilever foi pra quadra com Dani Lins e Joycinha, Érika e Regiane, e Fabiana e Carol Gattaz, além da líbero Fabi. Entraram ainda Amanda, Michelle, Monique e Camila Adão.

O jogo

A vitória do São Caetano começou com um ace de Mari logo no primeiro rali da partida. A partir daí, o São Caetano conseguiu no máximo abrir dois pontos (6-4), até que disparou após o primeiro intervalo técnico e, com dois pontos de Sheilla, abriu quatro de vantagem (12-8). Após um pedido de tempo de Bernardinho, a Unilever cresceu, chegou ao empate (15-15) e virou o placar (17-15). A instabilidade das anfitriãs, porém, durou pouco, e com dois ataques de Sheilla e um de Mari, o time retomou a dianteira (21-20), até fechar com 25-22.

O São Caetano largou na frente também no segundo set, mas a Unilever seguiu no seu encalço. Quando as donas da casa abriram três pontos (7-4), porém, Bernardinho voltou a pedir tempo. O sermão demorou a surtir efeito, e as visitantes só conseguiram reagir graças a um mau momento do São Caetano, potencializado por discussões entre as jogadoras dentro da quadra e marcações polêmicas do árbitro. O empate veio no 16-16, com uma virada logo em seguida. Mas o time do ABC voltou para o jogo e, inspirado por uma incontrolável Sheilla, retomou a ponta no marcador em um ataque de Monique para fora (21-20). Depois, bastou administrar para fechar com 26-24.

A terceira e última parcial foi a menos equilibrada de todas. Enquanto a Unilever continuava a padecer de problemas na recepção (mesmo com as alterações realizadas por Bernardinho), o São Caetano ditava o ritmo cada vez mais. A diferença que começou em dois pontos em um ataque de Natália (3-1) só cresceu, chegando a quatro (7-3) e a seis (19-13). A Unilever não conseguiu reagir, e o São Caetano acabou fechando com 25-19, matando a primeira partida das semifinais.

* Atualizada às 23h45

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