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31/10/2009 - 07h05

Sondada por futebol, Cimed só deixa Florianópolis por 'obrigação'

Roberta Nomura
Em São Paulo
  • Atual bicampeã da Superliga, Cimed levou o Sul-Americano

    Atual bicampeã da Superliga, Cimed levou o Sul-Americano

Dona de três títulos da Superliga, atual campeã sul-americana e representante do continente no Mundial masculino de Clubes, a Cimed virou alvo constante de sondagens para deixar Santa Catarina e formar outras parcerias. Na mira do Palmeiras, a diretoria analisa a proposta enquanto o elenco revela só deixar Florianópolis por ‘obrigação’.

“Houve uma reunião do Palmeiras com a nossa diretoria. Todo ano tem algum tipo de proposta. Já teve do Rio, de São Paulo... e um deles é o Palmeiras. Mas é algo que não é para agora e precisa ser bem analisado até se interessa para o mercado da marca Cimed. A gente tem contato e amizade com o Palmeiras. Existe interesse das partes e iria fortalecer muito, mas não tem nada de concreto fechado”, explicou o gerente de marketing esportivo da Cimed, Renan Dal Zotto.

Questionado sobre a possibilidade de trocar Florianópolis por São Paulo, o elenco do clube demonstrou o desejo de permanecer na capital catarinense e falou em mudança de cidades por profissionalismo e não por opção. “Pela cidade, nível de vida é difícil querer sair, mas a gente é profissional”, opinou o meio-de-rede Lucão. “Eu gosto muito de Florianópolis, mas sou profissional. Se por ventura tiver que mudar, de maneira nenhuma eu recusaria”, endossou o técnico Marcos Pacheco.

Também adaptado à capital catarinense, o levantador Bruninho atentou para a valorização e reconhecimento do trabalho com as constantes propostas de mudança de casa da Cimed. “É uma coisa bacana. Se há o interesse é porque estamos fazendo uma coisa boa e legal e a gente ganha um pouco de valor. A prefeitura e o governo estão deixando um pouco a desejar na questão do ginásio e de repente começa a dar mais valor”, cutucou.

O contraponto para a mudança para São Paulo é o alto nível do Campeonato Paulista, que reuniu atletas renomados como Giba, Marcelinho, Gustavo e Rodrigão (Pinheiros/Sky); Murilo, Sidão, Anderson e Thiago Barth (Sesi-São Paulo); Escadinha, Dante e Marlon (Brasil Vôlei Clube). “É uma minisuperliga. Para o time é bom como preparação e para o patrocionador por exposição. Mas seria uma pena deixar Florianópolis e a torcida”, afirmou o ponteiro Thiago Alves.

E o principal estadual do país pode pesar na definição do futuro da Cimed para a temporada 2010/2011. “A gente fica muito tempo fora da mídia e jogar o Paulista em um período fraco de exposição é muito interessante. Já fizemos uma parceria com o São Paulo, mas a coisa não foi bem articulada. Hoje o momento do vôlei paulista é outro e seria interessante”, afirmou o supervisor do clube, Chico Lins.

Com as negociações a cargo das diretorias, a Cimed prioriza dentro de quadra a disputa do Mundial de Clubes. Após 17 anos de ausência a competição volta ao calendário com a disputa em Doha, no Qatar, a partir do dia 3 de novembro. O time catarinense estreia contra o Payakan, do Irã, às 15h (horário de Brasília) de terça.

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