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Tempo de concessão do Estádio Nilton Santos preocupa o Botafogo

Do UOL, em São Paulo

10/09/2021 04h00

O Botafogo tem a concessão do estádio Nilton Santos, o Engenhão, que foi construído para os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, abrigou os Jogos Olímpicos Rio-2016 e desde 2007 é administrado pelo clube com prazo até 2027, o que causa uma preocupação nos gestores do Alvinegro em termos de rentabilidade da arena esportiva.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no Dividida, do Canal UOL, o CEO do Botafogo, Jorge Braga, explica a situação atual do estádio, diz que ele pode gerar receitas para o clube, mas um dos problemas a resolver é o tempo de concessão, já que o prazo é curto.

"O estádio tem uma importância enorme para a torcida e claramente ele pode ser melhore rentabilizado como fazem os grandes clubes do mundo, seja para o Match Day, para o dia da partida, mais tempo antes, mais tempo depois, novas receitas associadas, como outra destinação: shows, eventos e tal. O que a gente precisa? Mas para isso você precisa ter alguém que possa fazer um investimento e o retorno do investimento tenha algum prazo para se pagar", explica o CEO.

"A concessão que a gente tem do Nilton Santos só tem mais 10 anos, então 10 anos é um prazo pequeno para os grandes investidores, que pedem 20, 30, 40 anos para fazer coisas como naming rights, investir dezenas de milhões em infraestrutura, para poder dar tempo de o dinheiro retornar. Então, a primeira dificuldade que a gente tem, que a gente está trabalhando, é a extensão deste prazo", completa.

Outra questão relacionada ao estádio é a dívida que o Botafogo tem por meio da empresa criada para gerir o Nilton Santos, que chega ao valor de R$ 49 milhões.

"Tem uma dívida associada e no caso do estádio, ela está separada em uma empresa separada, que é a Companhia Botafogo, que tem uma dívida relevante e que nós estamos trabalhando para sanear e estruturar, porque se você não consegue isolar essa dívida, o investidor diz para mim 'eu não posso investir em algo com uma dívida desse tamanho'", diz o CEO do clube.

"Isso é público, de balanço, R$ 49 milhões é a dívida da Companhia Botafogo, que detém a concessão do Nilton Santos. Então você entende que o investidor começa de menos 50, isso é uma dificuldade grande para fazer essa rentabilização, mas nós estamos bem avançados do ponto de vista de equacionamento tanto da dívida, quanto negociando com a prefeitura a ampliação do escopo e o prazo do estádio. A gente está muito otimista, acho que o Nilton Santos vai dar muita alegria para a gente aí nos próximos anos", conclui.

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