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Presidente do Bahia: É o momento para que os clubes assumam uma liga

Do UOL, em São Paulo

25/06/2021 04h00

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, considera que a criação da nova liga brasileira de clubes é irreversível da parte dos envolvidos, ao mesmo tempo em que reforça a ideia de que o movimento dos clubes não é de rompimento com a Confederação Brasileira de Futebol, que passa por um momento conturbado, com o presidente Rogério Caboclo afastado e respondendo a acusações de assédio moral e sexual.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, Bellintani afirma que considera o momento atual do futebol brasileiro muito propício para o nascimento da liga de clubes.

"O irreversível é o nosso desejo de fazer a liga. Ela vai se mostrar real mesmo a partir da nossa capacidade, porque desejar é uma coisa e ser capaz é outra. Pela primeira vez, e quando alguém me pergunta, o que tem de diferente nessa história? Eu acho que todo movimento de formação de liga que se constituiu até agora, ele é motivado pela necessidade e não pela crença. A diferença é que agora eu vejo a necessidade e vejo a crença. Quando junta-se essas duas coisas, para mim ela se torna irreversível no desejo, na sua vontade, na sua decisão de fazer", afirma o dirigente.

"Nós estamos irreversivelmente decididos a fazer a liga. Agora, a partir desta decisão, cabe à nossa capacidade, à nossa competência para fazer, porque uma coisa é a gente querer e outra coisa é a gente conseguir. Agora, você pergunta assim, se vamos conseguir? Vamos conseguir, eu estou absolutamente convicto de que o movimento desta vez é um movimento muito consistente, que vai além do desejo, vai além da crença, ele está em um plano já de concretude que eu acho que é muito válido para o futebol brasileiro", completa.

Os clubes não pretendem fazer com que a criação da liga crie um conflito deles com a CBF, esperando que a própria entidade tome uma posição considerando que o momento é o ideal para que ocorra esta mudança no futebol brasileiro.

"O movimento da liga, ele não é um movimento que ele coloca como prioridade um rompimento político com a CBF, é bom que se diga isso. A gente não tomou uma decisão para enfrentar a CBF, a gente tomou uma decisão porque nós acreditamos que o futebol brasileiro está preparado e este é o momento para que os clubes assumam formação de uma liga, tanto sob o ponto de vista de organização do campeonato, como também de potencialização econômica dessa competição. Então, essa frase, ela tem uma mensagem política de que não precisamos fazer a revolução pela briga", afirma Bellintani.

"Se for necessário e se for o desejo de não colaboração, talvez eventualmente até aconteça, mas não é o desejo dos colunes um rompimento, um enfrentamento, um processo de esfacelamento da relação. Vamos dar o passo à frente, vamos mudar a forma de relacionamento, sem que isso signifique uma briga, um esfacelamento dessa relação", conclui.

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