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OPINIÃO

Arnaldo Ribeiro: Palmeiras tem um ligeiro favoritismo contra o São Paulo

Do UOL, em São Paulo

17/05/2021 18h33

Palmeiras e São Paulo voltam a se enfrentar em uma final de Campeonato Paulista depois de 29 anos, com situações invertidas em relação a 1992, quando era o Tricolor que vinha de título da Libertadores, enquanto o Alviverde vivia um longo jejum de títulos, e a taça acabou ficando no Morumbi, com duas vitórias do time então comandado por Telê Santana.

No podcast Posse de Bola #126, Arnaldo Ribeiro analisa o confronto e afirma que o Palmeiras tem um ligeiro favoritismo por ter um time montado há mais tempo que o rival, além do peso que tem a pressão por um título no São Paulo, que teve sua última taça no Paulistão em 2005 e depois da Copa Sul-Americana de 2012 colecionou decepções.

"Para falar mais ou menos o percentual de favoritismo, eu acho que é 55 para o Palmeiras e 45 para o São Paulo, porque eu acho que o Palmeiras tem um trabalho de mais tempo, já é um time que venceu com essas características e o São Paulo tem o peso da fila, que conta, o São Paulo não ganha nada há muito tempo e está na bica de ganhar, pode sofrer por causa disso. É um ligeiro favoritismo, acho que a diferença entre os dois não é mais muito grande, como já foi", afirma Arnaldo.

"O São Paulo, de uns tempos para cá, mesmo na época do Diniz, começou a vencer os clássicos, inclusive do Palmeiras duas vezes no Allianz Parque. Para o São Paulo sair dessa fila, desse peso, desse jejum, seria também necessário uma final desse tamanho. Com todo o respeito aos demais times do Campeonato Paulista, alguns muito bons, como o Bragantino, ter uma final contra um rival desse tamanho, Corinthians, Palmeiras, aí o torcedor enche o peito, 'eu sou o campeão'. Então, para o São Paulo ser campeão, ele tinha que passar por um time grande, não passou até agora", completa.

Em relação aos estilos de jogo, Arnaldo afirma que a semelhança está apenas no papel com a formação de ambos os treinadores com três zagueiros, lembrando que o técnico Abel Ferreira utilizou o trio de zaga contra o São Paulo na primeira fase, quando acabou derrotado por 1 a 0.

"São muito antagônicos os times embora eles atuem no mesmo sistema hoje, aquela coisa com os três zagueiros. Se você pegar no desenho do papel, é parecido, três zagueiros aqui e três zagueiros ali, mas a proposta é um pouco diferente e acho muito saborosa essa situação de dois estrangeiros de estilos diferentes disputarem uma final de estadual", diz Arnaldo.

"Já teve o embate Crespo e Abel uma vez, foi 1 a 0 para o São Paulo no Allianz Parque, mas o Palmeiras jogou com o time misto, como fez durante vários jogos desse Campeonato Paulista, não que o São Paulo também não tenha feito, mas aquela partida serviu, primeiro, para o Abel solidificar e a partir dali instituir esse sistema com três zagueiros, porque ele conseguiu incomodar o São Paulo com três zagueiros. E acho que o Abel vai no pragmatismo mesmo fazendo sua primeira partida no Allianz Parque, é o jeito de o Palmeiras jogar", completa.

Outra situação que se assemelha entre os dois rivais para a final é o fato de ambos jogarem amanhã pela fase de grupos da Libertadores, tendo menos de 48 horas para a recuperação visando o jogo de quinta-feira, no Allianz Parque, o que deve fazer com que a rodada da competição internacional seja com um time de reservas em ambos os lados.

"Estou muito ansioso para ver esse tipo de jogo e acho que tanto um quanto o outro dessa vez, estava assim até agora, o São Paulo privilegiando o Paulista em detrimento da Libertadores na última semana, o Palmeiras privilegiando a Libertadores em detrimento do Paulista. Agora os dois vão colocar suas fichas nessa decisão, porque na Libertadores o Palmeiras está classificado e o São Paulo ainda tem o perigo de perder a primeira colocação na chave, é verdade, mas está na iminência de se classificar e agora a prioridade será a final da rivalidade São Paulo e Palmeiras", conclui.

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