O Corinthians decidiu pela demissão do técnico Vagner Mancini após a eliminação no Campeonato Paulista para o Palmeiras, em derrota por 2 a 0 na Neo Química Arena, ontem (16), dias após também confirmar a queda na Copa Sul-Americana com a goleada por 4 a 0 sofrida diante do Peñarol, em Montevidéu.
No podcast Posse de Bola #126, Juca Kfouri afirma que já era esperada a queda de Mancini em caso de eliminação depois que seu time foi dominado pelo Peñarol na quinta-feira e que, apesar de o treinador ter culpa, a responsabilidade maior é de quem o contratou e o manteve ao final da última temporada, quando ele ajudou a tirar o time da zona de rebaixamento.
"É claro que o Mancini é o menor dos culpados, embora seja culpado e a gente sabe que a corda sempre quebra do lado do treinador. Quem o trouxe é tão ou mais culpado do que ele, quem o manteve depois que ele tirou da segunda divisão no Campeonato Brasileiro também é culpado. Com o elenco que o Corinthians tem, é possível fazer mais, mas é necessário ter uma autoridade moral que o Mancini não tem", diz Juca.
"Aquilo que eu vinha falando não é de hoje. Por que ele conseguia fazer o Atlético-GO jogar melhor que o Corinthians? O elenco do Corinthians é melhor do que o do Atlético-GO, mas ele não conseguia porque ele não é respeitado pelos mais cascudos jogadores do Corinthians. Ontem ainda, para a falta de sorte definitiva do Corinthians, um dos jogadores que poderia de alguma maneira dar algum equilíbrio ao jogo, o Fagner, pegou a covid pela segunda vez, o que revela também todos os cuidados havidos no Corinthians em relação ao combate na pandemia", completa.
Juca havia comentado no Posse de Bola #125, na sexta-feira, que Mancini cairia se não conseguisse passar pelas semifinais do Campeonato Paulista devido "à fatura dos 4 a 0 sofridos no jogo com o Peñarol" e foi o que ocorreu.
"Na sexta-feira eu disse aqui, o Mancini vai cair se perder não porque vai perder do Palmeiras, mas porque tomou de 4 do Peñarol. Era óbvio que se o Corinthians não conseguisse um milagre, desses que o futebol proporciona, de ganhar do Palmeiras no domingo, o treinador cairia, cairia com direito a quebra-pau depois do jogo", diz Juca.
Em relação ao clássico, o colunista do UOL afirma que o resultado poderia ter sido ainda pior para o time corintiano, além de destacar a forma como o Palmeiras consegue ser eficaz sem agradar ao torcedor que não é palmeirense pelo padrão de jogo, vendo semelhanças com o time dirigido por Tite no Corinthians.
"Era para ter tomado de 4 ou 5 de novo, bola na trave, erros primários na hora de finalizar, porque este é o Palmeiras. Eu diria que o Palmeiras para quem vê de fora, não é palmeirense, o Palmeiras jamais agrada, nunca agrada tecnicamente, mas agrada demais do ponto de vista da eficácia. O Palmeiras vai e faz aquilo, era o Corinthians do Tite, o Corinthians do Tite era um pouquinho mais sofisticado, mas você sabe que vai ganhar e de que maneira vai ganhar", diz Juca.
"Durante 12 minutos, o Palmeiras teve mais a bola e ficou ali especulando. Fez um ataque, fez um gol e acabou o jogo. Aí o Corinthians ficou com a bola e nada, cada vez que o Palmeiras descia, era quase um gol. Esse é o Palmeiras", conclui.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
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