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Rodrigo Caetano: Sampaoli deixou legado importante para os nossos jogadores

Do UOL, em São Paulo

09/05/2021 04h00

O técnico argentino Jorge Sampaoli foi vice-campeão brasileiro com o Santos em 2019, assumiu o Atlético-MG no ano passado com a expectativa de levar o clube ao segundo título do Brasileirão em sua história, mas terminou fora da briga com rodadas de antecedência e se despediu do clube para assumir o comando do Olympique de Marselha, com o Galo tendo de recorrer a Cuca como substituto.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do UOL Esporte, Rodrigo Caetano fala sobre a saída do treinador, afirma que o elenco foi montado ao longo da última temporada, que o sucesso do investimento não é sempre imediato e que Sampaoli deixou sim um legado no Atlético-MG, ao contrário do que os torcedores mais críticos possam considerar.

"A continuidade dele aqui certamente poderia aproximar ele a uma avaliação melhor do que foi o trabalho, mas eu vejo que como o Galo foi remontado ao longo de uma competição. Você poderia me dizer 'mas ele teve uma única competição, que foi o Campeonato Brasileiro, então teve condições de treinar mais do que os outros'", diz Caetano.

"Isso é verdade, mas lembremos também que muitos deles chegaram, até no caso do Zaracho e principalmente do Vargas, se não me falha a memória, foram os dois que chegaram por último no ano passado, já naquela janela totalmente atípica ali, final de novembro, meados de novembro. Assim, é muito difícil você encontrar a equipe no decorrer de uma competição, existiram acho que muitas modificações no decorrer da competição que acho que impossibilitaram talvez até de o Galo definir: essa é a equipe, esse talvez seja o melhor encaixe", completa.

O dirigente considera que o Atlético-MG teve ganhou com a passagem de Jorge Sampaoli, desde a escolha dos jogadores para a montagem do elenco, passando pela forma de jogar do time, com os jogadores mais acostumados a cobranças por intensidade e posse de bola.

"Eu acho que ele deixou sim (legado). Primeiro, um nível de exigência elevadíssimo. Eu tive a oportunidade de trabalhar com ele 60 dias apenas e brinco que o fato de a janela de transferências não estar aberta fez com que ele estivesse o tempo todo um pouco mais calmo, mesmo projetando as possíveis chegadas, como foi no caso do Nacho, mas lembro você também que o Nacho, mesmo quando eu estava no Internacional já tinha feito uma tentativa na época de contratá-lo, um jogador extraclasse", diz Caetano.

"Mas nível de exigência, comprometimento, todos os profissionais aqui do clube em prol do resultado, em prol da excelência do jogo, eu acho que deixou sim o legado importante para os nossos próprios jogadores, da busca realmente do entendimento tático, do gosto pela bola, do gosto da posse de bola. Talvez, se ele tivesse uma continuidade aqui, os resultados que não foram ruins, óbvio, com a equipe que foi montada poderiam ter sido até melhores", conclui.

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