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OPINIÃO

Arnaldo Ribeiro: Rogério Ceni deixou de morrer com o zap na mão nos pênaltis

Do UOL, em São Paulo

13/04/2021 04h00

O Palmeiras teve duas oportunidades de fechar a disputa de pênaltis contra o Flamengo na Supercopa do Brasil, primeiro com o zagueiro Luan, que parou no goleiro Diego Alves, e depois com o volante Danilo, que chutou para fora, com o Rubro-Negro vindo a conquistar o bicampeonato em nova defesa de seu goleiro contra Mayke e o acerto de Rodrigo Caio. Se Luan ou Danilo tivesse acertado, além de o time de Rogério Ceni perder o título, o cobrador oficial Gabigol, ficaria sem bater um pênalti no confronto.

No podcast Posse de Bola #116, Arnaldo Ribeiro comenta a escolha arriscada de Rogério Ceni ao deixar Gabigol como o quinto cobrador de pênaltis, e em uma alusão ao jogo de truco, aponta que o treinador poderia ter perdido a disputa com o zap na mão, não fosse a atuação de Diego Alves, que ganhou até beijo do treinador.

"Acho que o Ceni teve algumas situações, mesmo salientando, como eu insisti com o Mauro, que a felicidade e a perspicácia do Diego Alves na cobrança de pênaltis, porque virar uma disputa que você está com dois pênaltis em desvantagem para um goleiro tendo que pegar as duas na sequência, é para poucos e ele virou, o Ceni deixou de morrer com o zap na mão com o Gabigol por último e foi por um fio", diz Arnaldo.

"Nós estaríamos hoje, fosse esse o resultado nos pênaltis, a despeito do jogão, a gente estaria 'como o Gabigol não bateu o pênalti?'. Mas aí o Diego Alves propiciou essa coisa e aí o Ceni, acho que a cena do Rubro-Negro é o Ceni com o Diego Alves, o beijo do Ceni no goleiro para quem ele trabalhou a renovação de contrato, aquela situação toda e tal, goleiro para goleiro, treinador para goleiro", completa.

O jornalista ressalta a conquista da confiança do treinador em relação aos principais jogadores do elenco rubro-negro, mas alerta para que Ceni não se torne refém dos mais experientes, o que poderia, em sua visão, atrapalhar o andamento do time na temporada.

"Foi interessante também ver essa sintonia que o Ceni foi construindo a duras penas. Só acho que a sintonia com os líderes do time, que estão todos no time titular hoje do Flamengo, não pode virar uma situação de refém", diz Arnaldo.

"Eu continuo achando, esse time do Flamengo, essa escalação é boa para algumas situações, não é boa para todos os jogos, não vai ter, na minha opinião, o Flamengo do Jesus, que você vai entrar com a mesma escalação todas as partidas e ele vai ser superior aos seus adversários em todas as partidas. Esse time, nesse atual estágio, é diferente, na minha opinião", conclui.

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