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ANÁLISE

Mauro: Marketing do Flamengo é fraco, não aproveita o bom momento do clube

Do UOL, em São Paulo

07/04/2021 04h00

Com dois títulos brasileiros, um da Libertadores, além de taças como a do Campeonato Carioca, Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil, o Flamengo vive um dos períodos mais vencedores em sua história recente, resultados que não foram suficientes para evitar o déficit no balanço financeiro de 2020, apresentado recentemente pelo clube.

No podcast Posse de Bola #114, Mauro Cezar Pereira afirma que os valores poderiam ser mais favoráveis ao clube rubro-negro no caso de uma atuação melhor de seu departamento de marketing.

"O marketing do Flamengo é fraquíssimo, não por acaso o Flamengo tem alguns patrocinadores meio mequetrefes, uns aí que não pagaram, que estão na Justiça, agora fecharam com uma empresa que foi criada há um ano. O Flamengo no melhor de sua história em décadas é incapaz de conseguir patrocínios mais robustos", diz Mauro.

"Tem a pandemia e tudo, mas e aí? Alguma coisa tem que sair, as empresas continuam divulgando suas marcas. Guardadas as devidas proporções, o Manchester United conseguiu um novo patrocínio na Inglaterra que continua sendo o maior da Premier League, a partir da próxima temporada. Ele perde o patrocínio atual, que era disparado o maior, não consegue um igual, mas ainda assim maior do que todos os rivais. Ele não é o líder do campeonato e não está na Liga dos Campeões, não vive o melhor momento de sua história, ao contrário do Flamengo", completa.

O jornalista destaca que o Flamengo em um período vencedor tem como seu patrocinador principal um banco estatal, obtido mais por uma articulação política do que pelo trabalho do departamento de marketing, e considera que o clube poderia atingir uma arrecadação maior com a venda de mais propriedades publicitárias de forma eficiente.

"Viveu nesses últimos dois anos os seus melhores momentos em décadas e o Flamengo não consegue nada de especial, até o Banco de Brasília ali que patrocina é uma coisa meio política, o governador de Brasília, o banco estatal, o cara é Flamengo, aí tem lá um diretor do Flamengo que é meio que um lobista, transita no meio dos políticos, participou ali daquela aproximação, digamos assim, então, é muito fraco", diz Mauro.

"É muito aquém e fosse mais competente, talvez o Flamengo até virasse esse ano praticamente sem déficit, virou com déficit de R$ 100 milhões, mas com quase R$ 90 milhões a receber de receitas do ano passado, que devem aparecer no balancete trimestral do clube, nas próximas semanas, mas o marketing continua sendo muito ruim", conclui.

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