UOL São Paulo #4: "Miranda e Éder são apostas arriscadas", diz Fernandes

Ao contrário dos últimos meses, o São Paulo se lançou ao mercado da bola em busca de reforços para seu elenco. O clube foi atrás de nomes como os do zagueiro Miranda, do atacante Éder, do lateral Orejuela e dos meias William e Martín Benítez. Se por um lado o técnico Hernán Crespo ganha opções para escalar o time, por outro a folha salarial ficou mais alta. Quais os riscos, tanto do ponto de vista esportivo como financeiro, isso pode causar?

No podcast UOL São Paulo#4 (ouça na íntegra no episódio acima), o apresentador Pedro Lopes, o repórter Thiago Fernandes e o colunista Danilo Lavieri analisam os riscos de trazer atletas da China, como nos casos de Miranda e Éder, e como lidar com um gasto mais elevado em tempos de pandemia.

"O aumento na folha salarial é de 4%. É um valor considerável. Sinceramente, acho que são gastos muito elevados com atletas que são considerados como apostas. Miranda tem 36 anos, o Éder tem 34. Agente não sabe como esses atletas vêm da China. O Hernanes e o Jucilei vieram para o São Paulo de lá e não estavam tão bem. É uma aposta muito arriscada e com salários altos. São apostas por conta da idade, por virem de um lugar onde não se exigia tanto fisicamente", apontou Fernandes.

Lavieri prevê dificuldades de readaptação para os reforços vindos da China - pelo menos em um curto prazo. "Os jogadores que vêm de lá enfrentam problemas para se adaptar porque a carga de treino é muito menor. O calendário lá é muito espaçado. É um risco. Miranda e Éder estão sem jogar desde novembro", comentou.

Equilibrar as contas também será um desafio. "Vamos supor que o São Paulo resolva negociar o Tréllez. O clube precisa pagar 100% do que resta do contrato do jogador. Esse valor não é uma economia; é uma despesa que vai onerar os cofres. O São Paulo vai passar dificuldades até nisso", completou.

Ouça o podcast UOL São Paulo e confira também como os reforços podem se encaixar no time titular do Tricolor.

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