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Olhar Olímpico

José Roberto Guimarães estreia no hipismo com vice-campeonato brasileiro

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28/09/2020 14h29

Três vezes campeão olímpico como técnico no vôlei, José Roberto Guimarães agora é novamente atleta, mas uma modalidade muito diferente: o hipismo. Mais especificamente, nos saltos. Ex-jogador, ele estreou muito bem na nova modalidade, ficando com o vice no Campeonato Brasileiro de Master, para atletas de mais de 40 anos, disputado ontem (27) na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo.

Zé Roberto, que tem 66 anos, competiu no Master B, com obstáculos a 1 metro do solo, no nível mais baixo entre quatro categorias do torneio, dividido também entre Master A (obstáculos a 1.10m), Master (1.20m) e Master Top (1.30m). As provas de nível olímpico têm obstáculos de pelo menos 1,50m.

De acordo com a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Zé Roberto havia estreado no esporte em uma competição na semana passada. Montando Hunter Massangana, o treinador fez quatro pistas limpas, sem derrubar nenhum obstáculo, mas acabou em segundo porque perdeu dois pontos por excesso de tempo, em duas apresentações, a última delas com obstáculo a 1,05m.

"Eu estava muito reticente porque realmente o nível estava alto e o meu cavalo me ajudou em diversos momentos. Estou muito feliz, não esperava nunca ser vice-campeão. Eu queria somente participar e terminar a prova. Senti um frio na barriga enorme. Para mim estar aqui foi muito mais difícil do que uma disputar final olímpica", comentou Zé Roberto, em declaração publicada no site da CBH.

"O hipismo é difícil tecnicamente, precisamos estar muito em sintonia com o cavalo. Eu montei o cavalo Hunter Massangana só seis vezes antes da competição e acabou dando tudo certo. Foi incrível, uma sensação única, só tenho a agradecer", continuou. A montaria de Zé Roberto pertence a Sylvia Nabuco de Almeida Braga, filha do empresário Braguinha, um dos maiores mecenas da história do esporte brasileiro.

O treinador, que já indicou que planeja se aposentar da seleção brasileira depois da Olimpíada de Tóquio, segue comandando também o Baruri/São Paulo, equipe que está jogando o Campeonato Paulista. Campeão estadual em 2019, o time sofreu um desmonte esta temporada e vai jogar a Superliga com um elenco bastante jovem e poucos recursos.