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Mauro Cezar: "Dia 8 de fevereiro, o Flamengo não deveria jogar nunca mais"

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Do UOL, em São Paulo

10/02/2020 17h07

No último sábado, completou um ano do incêndio no centro de treinamento Ninho do Urubu, que causou a morte de dez garotos da base do Flamengo. E o clube não recebeu as famílias que queriam adentrar o local para uma homenagem. Este é um dos assuntos do segundo bloco do podcast Posse de Bola #19.

O jornalista Mauro Cezar Pereira opina sobre o que o clube deveria fazer para preservar a memória dos garotos vitimados na tragédia e cobrou a construção de um memorial no local.

"O portão do CT tinha que ficar aberto para essas pessoas todos os dias do ano. Apareceu lá o pai de um deles, 'eu quero ali acender uma vela', fique à vontade. O local já era para ter um memorial, é um estacionamento. Então, não cumpriram isso, tinham que fazer um memorial ali e tinha que ser um local aberto, para qualquer torcedor pudesse chegar a esse local exatamente onde foi, na entrada, como tem lá no Liverpool, em Anfield. Se você quiser colocar uma flor lá, você pode, se quiser rezar, você reza, faz o que quiser, mas tem lá o nome dos 96 mortes e um espaço aberto ao público", afirma Mauro Cezar.

Outra crítica feita pelo jornalista diz respeito ao Flamengo ter jogado contra o Madureira, pelo Campeonato Carioca, no dia em que a tragédia completou 1 ano. Para ele, o clube não deveria mais jogar no dia 8 de fevereiro, como forma de reflexão.

"Dia 8 de fevereiro, o Flamengo não deveria jogar nunca mais. Não é só esse ano, nunca mais. Poderia ter comunicado à federação, à CBF, à Conmebol e à Fifa, quem quer que seja, dia 8 não podemos jogar. É um dia que o clube tinha que ficar fechado, sem atividade nenhuma, um dia de reflexão", completa o jornalista.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

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