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Ex-pilota que vende conteúdo no OnlyFans é banida do Instagram e Twitter

Renèe Gracie, antiga pilota de automobilismo e atual modelo  - Reprodução/Instagram
Renèe Gracie, antiga pilota de automobilismo e atual modelo Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

13/01/2021 17h51

A ex-pilota Renèe Gracie, conhecida por vender conteúdo sensual no site adulto OnlyFans, afirmou ontem que foi banida do Instagram e Twitter. A mulher, que já ganhou até US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões) em um mês no site, chegou a dizer que se sente como o então presidente americano, Donald Trump, que teve sua conta suspensa permanentemente no Twitter por incitar a violência.

Gracie deu uma entrevista ao site Daily Mail Austrália e contou que acordou e descobriu que a sua conta havia sido desativada na rede social, sem qualquer tipo de aviso prévio.

"Acabei de acordar e não consigo fazer o login. Eles [Instagram] não me deram nenhum motivo que eu acho que é a coisa mais difícil [de lidar]", disse Gracie ontem.

A mulher contou que é "cautelosa com os comentários e fotos que estava enviando", segue as regras da plataforma e que nas últimas semanas até excluiu o link para a sua conta do OnlyFans que divulgava no Instagram.

A modelo explicou que "várias garotas" que ela conhece já perderam as contas nas redes sociais de forma aparentemente arbitrária e que isso pode acarretar na perda de até US$ 15 mil (cerca de R$ 79 mil) por mês fora das redes. Somente no Instagram, a modelo contava com 750 mil seguidores.

"Isso vai me impactar financeiramente em algumas áreas. [Para algumas meninas] Cinco, dez a US$ 15.000 dólares por mês facilmente. Seria devastador para as pessoas que perderam suas contas", contou Gracie que também dá cursos e dicas para outras pessoas ganharem dinheiro na indústria que ela trabalha.

A mulher ainda aproveitou para criticar as plataformas que, segundo ela, tiveram essas decisões arbitrárias e que pensa como as redes sociais interferem na indústria do sexo.

"O trabalho que estamos fazendo não é ilegal. Se fôssemos traficantes de drogas ou algo assim, eu entendo", disse ela. "Nosso material não é pior do que o que as empresas estão enviando com garotas de biquíni. A indústria do sexo e a indústria do trabalho sexual são algo que existe há mais tempo do que o Instagram."

A mulher chegou a dizer hoje que se sente como o então presidente americano, Donald Trump, que teve sua conta banida permanentemente do Twitter e suspensa em outras redes sociais. A comparação aconteceu quando ela contou ao pai sobre a sua situação e ele comentou sobre o empresário.

"Eu disse [ao meu pai] que não estou incitando a violência — faça amor, não guerra. Ele (o presidente Trump) é um exemplo de como essas plataformas de mídia social estão começando a assumir responsabilidades. A última semana provou isso", contou a mulher ao site Daily Telegraph.

Carreira

Renèe Gracie se viu distante de seu sonho de ser uma pilota da Nascar quando foi dispensada pela Dragon Motor Racing faltando quatro etapas para o fim da temporada de 2017 da Super2 Series, competição australiana de corridas de carros de turismo. Era a última vez que ela participava de uma prova oficial de automobilismo. Passados três anos, Renèe decidiu largar as pistas e ingressar no entretenimento adulto.

A modelo foi a primeira mulher a participar de uma temporada completa da Supercars, campeonato disputado na Austrália e na Nova Zelândia. A falta de patrocínio, contudo, fez com que ela chegasse a trabalhar em um estacionamento antes de decidir se tornar modelo.

Gracie chegou a correr por dois anos ao lado de Simona de Silvestro, antiga pilota de testes da Sauber, na Bathurst 1000, tradicional corrida anual na Austrália. Elas terminaram em 21º em 2015 e 14º em 2016. Na Super2, correu duas temporadas completas e acabou substituída na parte final do campeonato de 2017. Seu melhor resultado foi um nono lugar.