UOL Esporte Velocidade
 
14/03/2010 - 12h35

Reforma de emergência da pista da Indy custou mais de R$ 500 mil

Rafael Krieger e Thales Calipo
Em São Paulo

A “picagem” da reta do Sambódromo que assegurou a realização da prova da Fórmula Indy em São Paulo neste domingo custou mais de meio milhão de reais. Segundo Terry Angstadt, presidente da categoria norte-americana, a reforma que deixou a área menos lisa e escorregadia foi paga pela TV Bandeirantes, que promove e transmite o evento.

O dirigente estimou os gastos de última hora em US$ 300 mil, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. A conta só não foi maior porque a ideia de lixar e fazer ranhuras na reta do Sambódromo para aumentar a aderência funcionou. Caso contrário, uma camada de asfalto teria sido aplicada no local, que foi descrito como uma “pista de gelo” pelos pilotos no sábado.

“O mais curioso é que o dono da máquina viu os problemas pela televisão e ligou para a gente oferecendo a ajuda”, disse Angstadt, que não revelou o nome do “benfeitor”.

A reforma improvisada do circuito alterou a programação da Fórmula Indy em São Paulo. O treino classificatório, que estava marcada para a tarde de sábado, foi transferido para a manhã de domingo depois de uma reunião entre pilotos e organizadores.

A reta do Sambódromo, com um asfalto muito liso, foi pivô de uma série de acidentes nos treinos livres do sábado. Cientes do risco à segurança, os pilotos, liderados pelo brasileiro Tony Kanaan, exigiram mudanças e criticaram a montagem do circuito, feita nos últimos 20 dias, após o Carnaval.

“Continuo achando que quem construiu deveria ter um piloto como assessor, pois construir é uma coisa, e guiar não é para todo mundo. Tony Cotman [engenheiro que desenvolveu e aprovou o traçado] é o responsável por essa façanha e agora todos estão com uma boa vontade para que seja diferente”, disse Kanaan, após a divulgação da mudança de planos.

Os problemas da reta do Sambódromo, porém, já haviam sido divulgados anteriormente. Em seu Twitter, o piloto Antonio Pizzonia contou que já havia feito uma exibição no Anhembi em seus tempos de Fórmula 1, na Williams, e que o local não apresentava condições de abrigar uma corrida.

Relatos de pilotos e dirigentes da Stock Car, que também chegou a se apresentar no Sambódromo anteriormente, ratificavam a informação.
 

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