07/10/2009 - 10h48

COI parabeniza o próprio trabalho nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008

Das agências internacionais
Em Copenhague (Dinamarca)

Apesar dos vários protestos de ativistas por violação dos direitos humanos, o representante do Comitê Olímpico Internacional (COI) na organização dos Jogos Olímpicos de Pequim fez elogios ao seu próprio trabalho na realização do evento, avaliando os legados deixados na China.

Hein Verbruggen, que liderou os comitês de avaliação e organização do COI nos Jogos Olímpicos de Pequim, no ano passado afirmou que os legados deixados para Pequim e sua população com as Olimpíadas serão duradouros.

"Estou mais convencido do que nunca que os Jogos Olímpicos tiveram legado e vão provar que foram importantes em uma positiva mudança na China", disse Verbruggen em declaração de 28 minutos divulgada pelo COI.

A declaração não fez menção às prisões e perseguições de dissidentes antes e durante os Jogos Olímpicos, protestos que foram reprimidos no Tibete e as expulsões forçadas, para limpar o caminho para as construções olímpicas, que foram relatados pelos ativistas.

"Tudo está sendo dito sobre Pequim 2008, mas vamos lembrar que os Jogos Olímpicos mantiveram fundamentalmente uma força para o bem e um catalisador para a colaboração e intercâmbio", disse Verbruggen.

O dirigente enalteceu a escolha da cidade chinesa como sede olímpica para a edição realizada no ano passado, dizendo que o COI acertou em sua decisão quando elegeu Pequim para receber o maior evento esportivo do mundo.

"Conceder a Olimpíada para China foi uma forma de permitir que os cidadãos chineses entrassem no mundo para estender um diálogo entre culturas e civilizações. Construindo pontes culturais que serão lembradas como valiosos legados desta olimpíada. A decisão dos membros do COI em conceder os Jogos Olímpicos a Pequim em 2008 provou ser a escolha certa", afirmou Verbruggen, que respondeu às críticas.

"Para aqueles que nos criticaram por violação dos direitos humanos, eu posso argumentar que os Jogos tem elevado o diálogo internacional sobre o assunto. Sobre a segurança, é claro que é uma prioridade dos Jogos, isso precisa ser corretamente analisado com a participação do público para manter o clima festivo que precisa existir", finalizou o dirigente.