Porto Alegre, 4 dez (EFE).- Contando com um gol no segundo tempo da prorrogação, o Internacional empatou com o Estudiantes em 1 a 1, no Beira-Rio, pela volta da final da Copa Sul-Americana, se tornando o primeiro clube brasileiro a conquistar o torneio.
Com o resultado, os gaúchos fecharam a eliminatória com o placar agregado de 2 a 1, após terem vencido a ida, em La Plata, por 1 a 0.
Após o belo espetáculo feito pela torcida do Colorado na arquibancada, as duas equipes apresentaram um jogo de baixo nível técnico nos primeiros minutos.
Inter e Estudiantes mostraram certa afobação e nervosismo, com muita correria, mas sem chances claras de gol.
O lateral-direito Marcos Angeleri aparecia como principal arma ofensiva dos argentinos, mas sua correria não conseguiu ser traduzida em produtividade.
Aos 12 minutos, Nilmar quase criou uma boa chance para o Internacional. O atacante avançou com velocidade, mas levou uma entrada dura do zagueiro Agustín Alayes na intermediária. O argentino levou um cartão amarelo pelo lance.
Já aos 22, Bolívar arriscou uma subida ao ataque, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. Alayes conseguiu cortar e mandou para escanteio. A torcida ficou pedindo pênalti, por achar que o zagueiro usou o braço na jogada.
Apesar do jogo truncado, os gaúchos apresentavam mais toque de bola e passaram a criar chances mais concretas de gol. Como no lance que ocorreu aos 25 minutos, quando Nilmar tabelou com Marcão na esquerda, invadiu a área e cruzou fraco. Não havia ninguém na área e Andújar recuperou a bola com facilidade.
O Estudiantes mal conseguia passar do meio-campo e o Internacional tinha mais posse de bola. Melhor em campo, a equipe da casa continuou ameaçando e quase marcou aos 28. O meia Andrés D'Alessandro chutou forte, quase sem ângulo, dando trabalho ao goleiro adversário.
Aos 30, após cruzamento da direita, Nilmar subiu e cabeceou. A bola acertou a trave, mas o lance já não estava valendo - o assistente assinalara impedimento.
Pouco ameaçada, a zaga do Inter levou um susto aos 32. Verón cobrou falta na esquerda, o atacante Mauro Boselli escorou e a bola foi para o fundo da rede. Para a sorte do clube gaúcho, o assistente levantou a bandeira e o gol foi anulado.
A última boa chance do Colorado no primeiro tempo surgiu aos 42 minutos. Após boa troca de passes, D'Alessandro tocou para trás e Andrezinho chutou forte. Andújar fez uma defesa difícil e mandou para escanteio.
As equipes voltaram sem alterações para a segunda etapa, mas o Inter parecia mais disposto a atacar. Tanto que, logo na saída de bola, fez uma jogada de velocidade. Andrezinho recebeu na esquerda e chutou na rede pelo lado de fora.
Verón fazia partida discreta e desperdiçou uma boa chance aos dois minutos, quando cobrou uma falta em cima da barreira.
O time gaúcho seguiu pressionando os argentinos, que não conseguiam sair de seu campo de defesa. Além disso, abusaram das faltas sobre os comandados de Tite.
Em um desses lances violentos, o meia Braña levou amarelo por falta dura sobre Magrão perto do círculo central, aos nove minutos.
Apesar do momento desfavorável, o Estudiantes abriu o placar aos 20. Benítez cobrou falta pela esquerda, Lauro ficou indeciso e Alayes chutou para o fundo do gol. O resultado levaria a partida para a decisão por pênaltis.
A equipe gaúcha aparentou sentir o golpe e mostrou certa afobação, errando muitos passes.
Prováveis escalações:.
Internacional: Lauro; Bolívar, Danny Moraes, Álvaro e Marcão; Edinho, Magrão (Sandro, aos dois minutos do segundo tempo da prorrogação), Andrezinho (Gustavo Nery, aos 18 min do segundo tempo) e Alex (Taison, aos 33 min do segundo tempo); D'Alessandro e Nilmar.
Estudiantes (ARG): Andújar; Desábato, Alayes e Cellay; Angeleri, Braña, Verón (Moreno y Fabianesi, aos sete minutos do primeiro tempo da prorrogação), Iberbia (Pérez, aos 18 min do segundo tempo) e Benítez; Fernández (Calderón, aos 25 min do segundo tempo) e Boselli.
Cartões amarelos: Alayes, Magrão, Benítez, Braña, Bolívar, D'Alessandro, Gustavo Nery e Lauro.
Cartões vermelhos: Agenor, Braña e Boselli.
Árbitro: Jorge Larrionda (URU), auxiliado por seus compatriotas Pablo Fandiño e Walter Rial.