EUA darão boas-vindas a torcedores estrangeiros para a Copa do Mundo, diz presidente da Fifa

Por Javier Leira

ASSUNÇÃO (Reuters) - O mundo será bem-vindo aos Estados Unidos para a Copa do Mundo de 2026 e para a Copa do Mundo de Clubes deste ano, disse nesta quinta-feira o presidente da Fifa, Gianni Infantino, dias após reunião com autoridades do governo do presidente Donald Trump.

Os EUA serão coanfitriões da Copa do Mundo do próximo ano com o México e o Canadá, e também sediarão a Copa do Mundo de Clubes de 14 de junho a 13 de julho deste ano, que ocorrerá em 11 cidades.

Os comentários de Infantino têm como pano de fundo a postura imigratória de Trump, que levantou questões sobre possíveis desafios para os inúmeros torcedores internacionais que devem viajar aos EUA para os dois torneios.

Trump iniciou uma campanha agressiva de fiscalização da imigração após assumir o cargo em janeiro, declarando a imigração ilegal uma "invasão" em uma tentativa de aumentar as deportações.

"Tivemos uma reunião na semana passada da força-tarefa da Casa Branca sobre as Copas do Mundo da Fifa com o governo dos Estados Unidos (...) E o mundo é bem-vindo nos Estados Unidos. É claro, os jogadores, é claro, todos os envolvidos, todos nós, mas definitivamente também todos os torcedores", disse Infantino no Congresso da Fifa nesta quinta-feira.

"E vamos deixar isso bem claro. Isso não vem de mim; isso vem do governo americano. Todos são bem-vindos, obviamente, aqueles que querem vir e celebrar o futebol... Aqueles que querem vir para criar problemas, como em todos os países do mundo, não são bem-vindos. Eles não são bem-vindos em nenhum lugar do mundo."

Andrew Giuliani, filho do ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, será o diretor-executivo da força-tarefa presidencial para a Copa do Mundo de 2026.

Trump disse na semana passada querer uma experiência perfeita durante cada parte de sua visita para as pessoas que viajarem para os Estados Unidos para assistir à competição.

Continua após a publicidade

PALESTINOS

"Um tópico que eu gostaria de mencionar é o item solicitado pela Associação de Futebol da Palestina. Quero assegurar-lhes que o trabalho obviamente já começou e está avançando. Permitam-me também assegurar-lhes que o progresso está sendo feito", disse Infantino.

A proposta palestina acusou a Associação de Futebol de Israel de cumplicidade em violações da lei internacional pelo governo israelense, discriminação contra jogadores árabes e inclusão em sua liga de clubes localizados em território palestino. A IFA rejeitou as acusações.

A associação pede a expulsão dos clubes israelenses localizados em territórios ilegalmente ocupados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental com efeito imediato.

Mais tarde, um delegado palestino comentou que  o fato de "não terem tomado uma decisão não é um ato neutro".

"Em um mês, a Fifa deve nos apresentar um relatório para descobrir o que está acontecendo."

Continua após a publicidade

Nenhum representante israelense falou sobre o assunto.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.